Esportes

Meia da seleção brasileira acusa uruguaio: ‘Me chamou de macaco’

O atacante Marcos Guilherme, da seleção brasileira sub-20, deixou o gramado do Estádio Centenário indignado, na noite desta segunda-feira, mas não foi o empate em 0 a 0 com Uruguai que tirou o jogador do Atlético-PR do sério. O brasileiro disse ter sido chamado de "macaco" pelo uruguaio Facundo Castro. O xingamento teria se repetido cinco vezes. 

– Cinco vezes o cara me chamou de macaco. Teve várias situações dessa no Brasil afora e hoje mais uma vez aconteceu. Ele me chamou de macaco cinco vezes, alguém tem que tomar uma atitude senão isso não vai parar nunca – lamentou, assim que deixou o campo.

Bastante indignado com a atitude do adversário, Marcos Guilherme disse que pretende prestar queixa e lembrou outros casos recentes de injúria racial envolvendo jogadores brasileiros, como o goleiro Aranha. 

– Vamos além. Isso não pode acontecer. Vários fatos ocorreram, caso do Aranha, do Tinga, do Arouca, e ninguém toma providência. Estamos representando um país, fazendo nosso trabalho, somos profissionais, nossa família está em casa, torcendo pela gente, e vê isso, a gente sofrer racismo no meio do campo, no meio do nosso trabalho. Acho isso lamentável – afirmou.

Segundo o jogador brasileiro, o camisa 7 do Uruguai repetiu o termo várias vezes e nem tentou disfarçar. Ele torce para que tenha acontecido o flagrante para que o adversário possa ser punido. 

–  Vamos levar isso à frente para ver se alguém toma providência. Foi o número 7, falou alto e claro umas cinco vezes para mim, nem tapou a boca, nada. Tem que ver se a câmera pegou, vai ajudar muito. Nunca esperava passar por isso. Não estou falando para querer fazer média ou dar uma de coitado, mas isso não pode acontecer – afirmou. 
Na entrevista coletiva após o jogo, o técnico Alexandre Gallo pediu que a Conmebol tome uma atitude em relação ao ocorrido.

– Os jogadores chegaram muito chateados no vestiário. Estamos cansado desta história. O camisa 7 (Castro) ficou o jogo todo chamando o Marcos Guilherme de macaco. Nós somos uma raça só, a pele não difere em nada, e sim o caráter. Isso não é bom para o futebol nem para a
competição. A Conmebol precisa tomar uma atitude séria.

Segundo Gallo, Marcos Guilherme estava revoltado no vestiário. Ainda assim, ele afirmou que vai consultar o departamento jurídico da CBF antes de tomar qualquer ação contra Facundo Castro.

– Estamos entrando em contato com o nosso departamento jurídico tomar as atitudes cabíveis que a lei permite. O Marcos Guilherme estava muito chateado no vestiário, com os olhos lacrimejando, querendo chutar porta, derrubar as coisas… Ele se indignou, e nós acalmamos o atleta. Tem que ter calma e paciência, buscar a lei.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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