Mato Grosso se tornou o terceiro estado com maior risco de desmatamento na Amazônia, segundo monitoramento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). No estado, foram registrados 1780 ameaças de desmate, estando atrás apenas de Pará (4504 km²) e Amazonas (2298 km²).
Os três juntos representam 73% da área sob ameaça de floresta derrubada. Em Mato Grosso, o município com maior risco de desmate é Colniza, com 190 km². Já a unidade de conservação mais ameaçada no estado é a Resex Guariba Roosevelt, com 22 km².
Das 803 áreas protegidas da Amazônia, o que inclui terras indígenas, unidades de conservação e territórios quilombolas, 653 estão sob risco de desmatamento em 2023, conforme o monitoramento do instituto. Isso representa 81% de todos os territórios protegidos.
Já em relação à área total sob risco na Amazônia, 1.806 km² (15%) estão dentro de áreas protegidas. As mais ameaçadas são as unidades de conservação, onde 1.357 km² de floresta correm risco de serem derrubados. Em seguida estão as terras indígenas, com 433 km², e os territórios quilombolas, com 16 km².
Em 2022, o desmatamento na Amazônia foi o maior registrado em 15 anos, de acordo com o Imazon. Os dados se referem a janeiro e dezembro do ano passado, sendo devastados 10.573 km² — o equivalente à derrubada de quase três mil campos de futebol por dia de floresta.