Esportes

Mano elogia Timão e início arrasador no primeiro tempo: “Bela atuação”

 
– O mais importante é a classificação, o início de jogo que tivemos, forte, com definição pelos lados. Criamos um bom número de jogadas, suficientes para dar uma bela atuação e o placar de 3 a 0 no primeiro tempo – comemorou o técnico.
 
Além disso, Mano lembrou os cinco desfalques que o time teve na partida desta quarta, que fizeram o técnico modificar o esquema tático do Corinthians – jogou com três atacantes e apenas um meia, Renato Augusto. Até pelas mudanças forçadas, a equipe caiu de rendimento na etapa final.
 
– Temos de ressaltar que uma equipe tão mexida, com jogadores que entram e há bastante tempo não faziam 90 minutos, eles sentem a falta de ritmo. Foi visível em alguns. Tivemos de tirar o Bruno Henrique porque sentiu o cansaço. Felipe também sentiu um pouco. Tive de tirar Romero pela mesma situação, não tinha mais forças. Por outro lado, tem a questão psicológica, placar garantido, então a postura é mais de administrar – explicou o comandante.
 
Em quase meia hora de entrevista coletiva, Mano falou sobre o possível próximo adversário, que sai do confronto entre Atlético-MG e Palmeiras, e discutiu aspectos táticos e a força do elenco corintiano. O time volta a campo no próximo domingo, contra o Criciúma, fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro.
 
Confira os tópicos da entrevista de Mano Menezes:
Atlético-MG x Palmeiras
 
– É difícil prever coisas no futebol, estávamos vendo agora um jogo dramático entre Ceará e Botafogo. Ceará vinha bem e tomou uma virada no final. Futebol é isso. Quando cruzamos com o Bragantino, ouvi que o Corinthians havia tido um cruzamento fácil. Não tem isso. América-RN eliminou Fluminense, Atlético-PR e é um time da segunda divisão… Tem de fazer bem feito, se não fizer, não passa. Palmeiras tem condição de reverter a vantagem, mas não cabe a nós fazer muitas análises.
 
Exclusão do Grêmio
 
– Sei que a questão é muito delicada. Tratar de maneira superficial é difícil. Penso que é um precedente perigoso, porque muita coisa acontece num estádio de futebol. Se vamos passar a considerar o clube responsável por tudo isso, daqui a pouco não teremos mais futebol. Com todo o respeito que tenho pelo Aranha, pela gravidade da situação e pela condenação que faço do ato daquelas pessoas.
 
Tem elenco para duas competições?
 
– Hoje tivemos um exemplo de que temos. Ir para um jogo decisivo, tendo que reverter uma vantagem sem cinco jogadores, estamos falando de jogadores de seleções. Isso valoriza muito o trabalho. Mas isso tem limitação, chega um momento em que talvez tenhamos de pensar, direcionar, já fiz isso no jogo passado com o Fluminense. Pensava em fazer essa formação de hoje. Protegemos ela um pouco para sairmos com Ferrugem e não ficarmos sem dois laterais. Poderia sair com o Fagner e perdê-lo. Cuidei de Renato também porque sabia que uma sucessão muito grande geraria um desgaste, tenho preocupação com Romero que está sofrendo um pouco com essa questão de intensidade.
 
Intensidade no primeiro tempo
 
– Se fosse só uma questão de ânimo, seria fácil. Futebol não é só vontade. Nossos jogadores têm sempre demonstrado uma vontade ímpar de acertar. Às vezes você não consegue fazer jogos tão bons. Temos de ressaltar que o Bragantino jogava com três jogadores no meio-campo, então nos proporcionava jogar dessa forma sem perder o controle do meio. Não é uma decisão unilateral. Hoje isso era possível, às vezes não é. O adversário pode ter cinco jogadores no meio, congestiona o setor, e você pode não conseguir igualar. Ainda temos de oscilar um pouco em termos de formação, temos de nos adequar a algumas situações porque não conseguimos nos impor contra todos.
 
Transição da equipe
 
– Domingo, contra o Fluminense, teve mais a ver com nossa formação tática. Estávamos indefinidos com o que queríamos ser no jogo. Passa pela saída do Petros, então me vi na necessidade de achar outra formação e não deixar para a última hora. Antecipamos essa decisão, até correndo um pouco de risco. Com isso a equipe perdeu identidade, primeiro tempo do Fluminense não fomos a equipe que marcava bem e nem a equipe que atacou. Hoje definimos e entramos em campo para atacar, e atacamos bem. Quando você faz isso, você corre alguns riscos defensivamente. São riscos calculados de quem vai atacar o adversário. Isso que é importante. Podemos ser assim contra outras equipes também. Vamos medir os riscos. Não só quando estivermos perdendo o jogo, mas quando iniciar também, ou na casa do adversário. Algumas equipes conseguem fazer. Nós, por estarmos em transição, oscilamos um pouco.
 
Troca constante de técnicos
 
– Se estivéssemos no Brasil, Joachim Low (técnico da Alemanha) estaria correndo risco hoje. Isso só comprova aquilo que estamos falando há bastante tempo. Falta consistência nos nossos discursos, falamos e não fazemos. Depois da Copa, fizemos várias teorias de continuidade, tudo maravilhoso, e passaram alguns dias e as coisas continuam exatamente como estão. Não temos respeitado essa necessidade de uma continuidade maior. Estamos vendo os exemplos e repetimos sempre os que deram certo. As equipes vencedoras se solidificaram em cima dessa continuidade. Foi assim no Corinthians, São Paulo, Grêmio, Inter, estamos vendo agora no Cruzeiro… É com tristeza que vejo isso de direcionar a uma pessoa a responsabilidade sobre um trabalho muito complexo.
 
Globo Esporte

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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