De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, entre os pacientes tratados nesse setor, 60% são vítimas de tumores localizados na boca e 40% na faringe ou laringe. O estudo aponta ainda que as ocorrências são mais frequentes em homens acima de 50 anos.
Além do tabagismo, o etilismo (consumo excessivo de álcool) também está associado ao desenvolvimento desse tipo de câncer.
O médico Marco Aurélio Kulcsar, chefe da Clínica da Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Icesp, afirma que o álcool, assim como o tabaco, tem uma relação expressiva com a doença. Quase 60% dos nossos pacientes são etilistas.
Ainda segundo o especialista, o Instituto do Câncer realizou no ano de 2013 cerca de 3.500 consultas no setor. O número mostra que, embora os tumores sejam passíveis de detecção precoce, por estarem em regiões visíveis, muitas vezes os sintomas passam despercebidos.
Sintomas x Prevenção
O câncer de cabeça e pescoço compreende um grupo de neoplasias classificadas por localização, em áreas diretamente envolvidas com as funções de fala, deglutição, respiração, paladar, olfato e outros. Entre os sintomas manifestados estão: manchas brancas na boca, dor, lesão ulcerada ou com sangramento e cicatrização demorada, nódulos no pescoço presentes por mais de duas semanas, mudanças na voz ou rouquidão persistente e dificuldade para engolir.
Apesar do grande número de casos, o potencial de prevenção da doença é alto, devido a sua relação inerente com o tabagismo e etilismo. Medidas simples como não fumar e nem consumir bebidas alcoólicas em excesso, além de dar preferência a alimentos pobres em gordura e ricos em fibras, ajudam a evitar o desenvolvimento dos tumores.
Especialistas orientam também que as pessoas se habituem a examinar sua boca regularmente, já que, se detectadas na fase inicial, as neoplasias apresentam até 80% de chances de cura.
R7