Foto: reprodução
Por G1
O Serviço Especial de Saúde de Araraquara (Sesa) confirmou na manhã desta sexta-feira (2) que o vírus influenza A contaminou 25 idosos do Lar São Francisco, em Araraquara (SP), incluindo os cinco que morreram nos últimos dias, informou Walter Figueiredo, diretor do Sesa. Contudo, a causa das mortes dos pacientes ainda é investigada pelo Instituto Médico Legal (IML).
O laudo do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP) foi divulgado ao Sesa na noite de quinta-feira (1º). Com o resultado, os exames serão tipificados para saber se o vírus que afetou os idosos, vacinados contra a gripe, seria H1N1 ou H3N2.
Segundo o diretor do Sesa, os primeiros aposentados pegaram a gripe antes da vacina começar a fazer efeito e, com a confirmação, todos os internos do asilo serão medicados.
Sintomas
Os idosos que morreram apresentavam sintomas de gripe, como febre, dor no corpo e dificuldade na respiração. Uma das vítimas, de 79 anos, morreu na quarta-feira (31), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, enquanto esperava um quarto para internação na Santa Casa. A ala onde o idoso estava foi isolada.
Segundo o Sesa, nos dois últimos meses, 90 crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos que participam de uma pesquisa apresentaram febre e sintomas de problemas respiratórios, sendo que 40 deles eram casos de H3N2.
Asilo
No asilo, que abriga 139 idosos, o trabalho dos estagiários que prestam atendimento foi suspenso. A diretoria do local afirmou que todos os aposentados e funcionários foram vacinados contra a gripe no dia 6 deste mês. Agora eles serão medicados contra a gripe suína.
Vírus e mutação
Existem centenas de tipos de vírus que causam a gripe. O "influenza" é um deles. Ele tem uma grande capacidade de mutação e é por isso que, a cada ano, é produzida uma nova dose de vacina para combater os tipos em circulação.
Neste ano, a vacina oferecida na campanha protege contra três tipos de vírus: H1N1, H3N2 e ainda um tipo do influenza B. Há, porém, um período entre 10 e 15 dias para o corpo criar anticorpos e pode acontecer a chamada falha vacinal.
“Não imuniza 100% das pessoas que tomam, ou pela própria falha da vacina, ou também por falha da própria pessoas de responder à vacina. Então muitas pessoas podem tomar e não se imunizarem”, explicou o diretor do Sesa.