O Tribunal do Júri da Comarca de Juína (720 km de Cuiabá-MT) condenou Edimar Mendes Bugari, 34 anos, a 17 anos de prisão e 10 dias-multa pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver da cunhada. O assassinato ocorreu em junho de 2019. O homem cometeu o crime para evitar que a vítima contasse sobre o caso extraconjugal que ambos mantinham.
O réu foi sentenciado na última quinta-feira (8).
Conforme o Ministério Público de Mato Grosso, Edimar Bugari matou Ana Paula Bugari Gonçalves a pauladas. “Com nítida intenção homicida, com meio cruel e contra mulher por razões da condição de sexo feminino”, narrou a denúncia.
O corpo foi encontrado em um brejo após um trabalho conjunto entre a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros. Segundo informações, Ana Paula estava desaparecida desde que tinha saído do sítio que pertence aos pais do cunhado e, também, do seu marido è época dos fatos.
As investigações e os depoimentos das testemunhas apontaram que Edimar foi o executor do crime. Ele confessou o assassinato em depoimento na delegacia.
De acordo com o criminoso, ambos marcaram de se encontrar às 7h, em um determinado local, e seguiram juntos para outro ponto, onde mantiveram relações sexuais.
Edimar contou que Ana Paula teria ameaçado assumir a relação dos dois para o marido e todos os familiares. Com medo, ele desferiu três golpes com uma tábua de madeira contra a cabeça de Ana Paula, que morreu na hora.
Ciente de que a cunhada se deslocaria à zona urbana na manhã do crime e conhecedor do trajeto a ser percorrido por ela, Edimar Bugari cruelmente atacou Ana Paula.
Após o crime, o assassino ocultou o cadáver da vítima visando não ser responsabilizado pelo homicídio.