Em um julgamento que durou quase 20 horas, os jurados acolheram as teses defendidas pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso e os réus Welison Brito Silva e Zenilton Xavier de Almeida foram condenados, respectivamente, a 28 e 25 anos de prisão, por homicídio qualificado consumado praticado em 2017 contra o então prefeito da cidade de Colniza, Esvandir Antonio Mendes.
A pena aplicada inclui ainda as condenações por tentativa de homicídio contra as vítimas Walison Jones Machado Lara, Rosimeira Costa e Admilson Ferreira dos Santos, e os crimes conexos de associação criminosa e receptação.
Conforme o promotor de Justiça que atuou em plenário, Roberto Arroio Farinazzo Junior, o julgamento começou às 8h de quarta-feira e se estendeu até as 4h da manhã desta quinta-feira. Ele informou que no próximo mês, no município de Juara, os acusados de serem os mandantes do crime, Yana Fois Coelho Alvarenga e Antonio Rodrigues, serão levados ao plenário do júri.
O pedido de desaforamento do júri foi feito pelo Ministério Público. Na ocasião, a Promotoria de Justiça argumentou que o interesse da ordem pública e a dúvida na imparcialidade dos jurados não possibilitariam o julgamento justo dos dois réus na Comarca de Colniza. Enfatizou ainda que vários jurados que foram intimados para participar das sessões de julgamento manifestaram informalmente o desejo de não participar de eventual julgamento com temor dos acusados.
Conforme a sentença proferida nesta quinta-feira contra os réus Welison Brito Silva e Zenilton Xavier de Almeida, foram admitidas três qualificadoras quanto ao crime de homicídio praticado contra o prefeito à época dos fatos.
Além da promessa de recompensa, os jurados seguiram entendimento do Ministério Público de que o crime foi cometido com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima e resultou em perigo comum.
Durante o julgamento, os réus mantiveram a confissão feita na Delegacia de Polícia. “Todos os pedidos do Ministério Público foram acatados durante o julgamento, tendo os réus sido condenados por todos os crimes em que o MP insistiu na condenação. Só foram absolvidos da corrupção de menores, a pedido do próprio MP”, destacou o promotor de Justiça.
Execução
O então prefeito de Colniza foi assassinado em dezembro de 2017, em uma das avenidas da cidade, quando foi atingido por disparos de fogo dentro do seu próprio veículo.