Jurídico

Jovem que matou empresário a tiros em posto de combustível vai a júri popular nesta semana

Ocorre na quinta-feira (25) o julgamento de Maroan Fernandes Haidar Ahmed, denunciado pelo homicídio de Fábio Batista da Silva, 41, no ano de 2018, em um posto de combustível de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá). Vítima foi assassinada após pedir para o acusado abaixar a luz do farol de sua caminhonete.

Maroan fugiu após o crime e, mesmo sem nunca ter sido preso, obteve na Justiça um habeas corpus que permitiram que cumprisse medidas cautelares. Ele foi preso em janeiro deste ano, em Santa Catarina, por envolvimento com uma organização criminosa suspeita de atuar na fronteira entre o Brasil e o Paraguai.  

 

No mês passado, a defesa do jovem pediu que a sessão fosse remarcada, para que pudesse ocorrer de forma 100% presencial.

 

O juiz, no entanto, manteve a data do julgamento, por videoconferência, para o dia 25 de maio e citou que Maroan está preso por envolvimento com organização criminosa, já responde a outra ação por crime contra a vida em Goiás e é acusado de homicídio no Mato Grosso do Sul.  

 

No último dia 18, o juiz, ao perceber que a defesa arrolou 9 testemunhas, sendo que o máximo deve ser 5, intimou os advogados de Maroan para que informe quais testemunhas deseja ouvir em plenário, respeitando o limite legal.  

 

O caso  

 

Fábio estava sentado em uma das mesas da conveniência quando Maroan, que dirigia uma caminhonete Amarok branca, deixou o farol alto ligado em direção a todas aos clientes.  

 

Com isso, Fábio foi até motorista e pediu que ele reduzisse a luz. Porém, houve uma discussão e, quando ele voltou, foi atingido por um tiro.  

 

Testemunhas que estavam na conveniência acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para prestar socorro, mas Fábio não resistiu e morreu no local. Em seguida, o veículo deixou o local do crime.  

 

Com ajuda das câmeras de segurança e de testemunhas, a polícia chegou até Maroan, identificando ele como o suspeito do crime. Ele não foi preso na época.  

 

Meses após o crime, em janeiro de 2018, ele postou fotos das férias de fim de ano em alto mar em uma rede social. Em outra imagem, um prato cheio de camarões. O ato chegou a ser considerado deboche pelo poder judiciário.  

 

Em 2021 ele foi baleado em um tiroteio registrado também em uma conveniência, agora em um posto na cidade de Ponta Porã (MS), a 313 km de Campo Grande.

Redação

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