A mãe, que preferiu não se identificar, contou que o filho conversava com familiares na porta de casa, por volta das 19h30, quando um carro preto passou e o atingiu. No momento que o acidente aconteceu, crianças brincavam na rua. "Saí do banheiro correndo quando soube que meu filho tinha sido atropelado. Estou revoltada. Minha vontade é fazer com eles [pessoas que atropelaram] o que fizeram com o meu filho, pior ainda", falou a mãe.
Ela ainda contou que o filho não tem envolvimento com drogas, mas que é amigo de traficantes. "Até eu converso com eles, mas eu tenho que morrer porque tenho amizade com traficante?", questionou.A investigação do caso está com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória. Ninguém ainda foi preso.
Violência
Uma vizinha do jovem contou que a violência faz parte do cotidiano do bairro Estrelinha. Ela disse que conta com a sorte todos os dias. "Nós estamos entregues a própria sorte. Os bandidos entram na nossa rua atirando para todos os lados e acabam matando os outros, como já aconteceu tantas vezes. Aconteceu agora com esse rapaz e amanhã vamos saber quem é o próximo. A guerra é entre os traficantes, mas acabam nos atingindo, meu filho não pode brincar na rua e nem na praça, que virou ponto de traficantes", contou a vizinha, que também não quis se identificar.
G1