O repórter Vinicius Segalla, do UOL, que há tempos vem tecendo crítica sobre a preparação de Cuiabá para sediar o Mundial de 2014 esteve na Arena Pantanal na noite de ontem e listou as tarefas que ainda precisam ser cumpridas no estádio.
Um dos pontos destacados por ele foi o processo de instalação das cadeiras do estádio. Veja abaixo o ‘check-list’ elaborado por Segalla.
O que falta para a Arena Pantanal
Instalação de 20 mil cadeiras
Ainda falta ser instalada metade das 41 mil cadeiras que ocuparão a arena durante a Copa. O estádio é dividido em quatro setores, Norte, Sul, Leste e Oeste. Cada setor, por sua vez, possui um nível inferior e outro superior. Até esta quinta-feira, nenhuma cadeira havia sido instalada nos níveis inferiores.
Banheiros
Falta acabamento, tampas e assentos nos vasos sanitários da Arena Pantanal. No jogo da última quarta, a maioria dos banheiros para cadeirantes ou estavam trancados ou sem luz.
Área de imprensa
Os mais de mil jornalistas que são esperados nos jogos da Copa deverão ficar em bancadas no nível superior das arquibancadas, com acesso a internet e microtelevisores à disposição. Por enquanto, nada disso existe. Os jornalistas que cobriram o jogo da estreia o fizeram de dentro de uma sala de camarote improvisada, em mesas e cadeiras de plástico e com dificuldade para ouvir o som da partida.
Goteiras e infiltrações
A Arena Pantanal não saiu ilesa da forte chuva que caiu em Cuiabá no fim da tarde da última quarta-feira. Surgiram infiltrações em algumas áreas do estádio e corredores de aceso às arquibancadas ficaram alagados.
Segurança privada
Durante os jogos da Copa, a Fifa exige que atue dentro dos estádios um corpo de segurança privada formado por, pelo menos, mil profissionais treinados, que tenham feito um curso de treinamento especial na Polícia Federal. Em Cuiabá, de acordo com a própria PF, não chegam a 15 os seguranças que tenham feito este curso.
Área de entrevistas coletivas e zona mista
As entrevistas coletivas com técnicos e jogadores após os jogos de futebol costumam acontecer em uma área chamada de zona mista nos estádios. Na Arena Pantanal, esta área está longe de estar pronta. Na última quarta-feira, o jeito foi improvisar na garagem da arena.
Corredores de acesso escadarias
Os corredores e escadarias internas da Arena Pantanal ainda precisam passar ajustes de acabamento e limpeza.
Obras no entorno
Ainda é um canteiro de obras o entorno da Arena Pantanal. Há máquinas, caminhões , entulho e muita poeira em toda a área e ruas que circundam a arena.
Bares dos patrocinadores
O local onde será vendida cerveja e refrigerantes na área externa da Arena Pantanal, que é um bar exigido em contrato pela Fifa para que seus patrocinadores possam apresentar suas marcas e produtos, está longe de estar pronto. Por enquanto, a área, que ficará em um mezaninno ao lado do estádio, está cercada por tapumes e sem cobertura e nada dentro.
Outro que teceu duras críticas as obras na Capital mato-grossense foi o blogueiro Orlando Pedroso, que também escreve para o Portal Uol. “Passamos em frente ao estádio inacabado. tentei entender o que é aquilo. não tem o formato de um estádio padrão fifa e nem sei se isso é bom ou ruim mas parece que a parte de dentro está sendo feita e falta a casca redonda que daria o acabamento. Posso estar falando uma grande bobagem e devo estar mesmo mas a verdade é que no padrão ou não, no entorno não há estacionamento, não há ruas nem avenidas prontas e as pequenas vielas ao redor mantém as características de qualquer periferia do brasil: casas mal ajambradas, portões de ferro, grades e muitos, muitos botecos. nada pra inglês ver”, diz trecho da postagem. Leia Mais.
O jornalista Paulo Vinicius Coelho, conhecido como PVC, do canal esportivo ESPN, também esteve em Cuiabá para cobrir o jogo entre MIxto e Santos realizada na última noite. Novamente Cuiabá foi bombardeada: “Sair do aeroporto e andar por Cuiabá é um susto! Pânico! Vai ter Copa? Cuiabá foi a sede escolhida mais à base de política de todas as doze”. Leia Mais.
O jornalista e comentarista esportivo Cosme Rímoli foi mais além e comentou uma ‘segregação’, ao relatar que operários que trabalharam na obra assistiram ao jogo em um local separado dos demais torcedores, aos quais ele chamou de ‘pessoas normais’. Leia Mais.