O jornal britânico Financial Times elegeu a candidata derrotada na disputa à Presidência da República Marina Silva a “mulher do ano” em 2014. A publicação destaca a trajetória entre a infância pobre e o analfabetismo até os 16 anos de Marina até se tornar uma visionária política.
O Financial Times relembra as duas disputas à Presidência da República de Marina e que as palavras “fervorosa e idealista” representam bem a ex-ministra do Meio Ambiente. O jornal diz que os eleitores de Marina são aqueles convictos nas palavras dela, o que é especial no Brasil, onde “um grande número de partidos políticos” tem um único ideal: o poder.
Enquanto os adversários de Marina nas urnas venderam um programa de políticas populistas, a ex-ministra sugeriu uma visão mais realista do futuro: o Brasil como uma sociedade cujo sucesso econômico ainda é respeitado no cenário internacional por sua consciência social e ambiental.
A reportagem cita o economista Eduardo Gianetti, que tem PhD na universidade de Cambridge e um dos principais conselheiros econômicos de Marina. Segundo o jornal, neste ano, Gianetti disse ao próprio Financial Times: “Eu acho que um líder nacional com as características de Marina é raro em qualquer lugar do mundo. Ela está na linha de Nelson Mandela ou Mahatma Gandhi ou Martin Luther King, um líder apegado às suas éticas e valores”.
O jornal também faz um paralelo entre Marina e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — “o homem que se tornaria o líder mais popular do Brasil”. Segundo a reportagem, enquanto Lula vendeu um ideal de consumo de bens para os mais pobres durante seus oito anos de governo, Marina se concentrou no desenvolvimento humano, particularmente em educação”.
R7