Após o empate do Grêmio com o Huachipato por 1 a 1, em Santiago, que garantiu a classificação do time brasileiro nas oitavas de final do torneio, jogadores e integrantes da comissão técnica da equipe chilena partiram para a briga contra a delegação gremista, que teve de se refugiar no túnel que leva aos vestiários, sob proteção da polícia.
A confusão começou logo após o apito final. O técnico do Huachipato, Jorge Pellicer, invadiu o campo e partiu para cima de Vanderlei Luxemburgo, treinador da equipe gaúcha. Isso gerou uma grande confusão entre os jogadores e torcedores também invadiram o campo.
Quando se dirigia para o vestiário, Luxemburgo escorregou ao tentar se desviar de um chute e caiu no gramado, sendo agredido em sequência. Imediatamente a polícia agiu para impedir que o treinador sofresse ainda mais com as agressões.
Durante a coletiva improvisada na porta do vestiário, o treinador comentou a briga.
– Foi uma confusão desnecessária. Fui cumprimentar o árbitro, é normal. Às vezes, vou reclamar, mas hoje (nesta sexta-feira) fui cumprimentar. O assistente deles chegou e falou para mim: “Hoje você não está reclamando como você reclamou lá?”. Ele foi se aproximando de mim, percebi que ficou nervoso, comecei a correr, vi que ele queria uma confusão. O treinador também veio chegando. Não entendi o motivo dessa agressividade. Vim correndo para entrar no túnel. Quando fui entrar, fecharam o túnel, e eu escorreguei. Tomei uns pisões dos policiais, me atropelaram. Um jogador deles me agrediu, mas não vi quem – afirmou.
Já Pellicer deu a sua versão para o problema. O técnico do Huachipato reclamou da postura de Luxemburgo.
– Lembro que, ao terminar o jogo em Porto Alegre, no qual ganhamos com surpresa, fui me despedir de Luxemburgo. Ele não me tratou bem. A única coisa que escutei é que ele atribuía a nossa vitória à arbitragem argentina. Uma atitude pouco desportiva, que não está à altura da instituição de que representa. Aqui, agora, foi irônico, tratou de nos desrespeitar. Mais uma vez, não agiu bem – reclamou.
Fonte: O Globo