Política

João Emanuel se diz preso político e alega que o MPE o vincula a um “monstro”

 
Essas foram algumas das declarações feitas pelo vereador João Emanuel (PSD), preso na última quarta-feira (26) e liberado na tarde de hoje (28) por força de um Habeas Corpus concedido pelo desembargador Gilberto Giraldelli. 
 
Em entrevista coletiva concedida à imprensa, no escritório de um de seus advogados, Eduardo Mahon, o vereador João Emanuel ainda afirmou que sua prisão teve cunho político e, segundo ele, motivada por sua “ascensão política”.
 
“Cheguei à Câmara com a segunda maior votação da história da Casa e paguei um preço muito caro por ter me despontado e de um futuro em que todos me viam como vice-prefeito da Capital, como presidente da Câmara, o presidente mais novo que a Câmara já tinha tido na história. Esse é o preço que se paga e eu topei pagar esse preço”, alegou. 
 
O parlamentar ainda sugeriu interesses eleitoreiros por parte de membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) diante da forma segundo ele, excessiva como a Operação ‘Aprendiz’ e, consequentemente, sua prisão foram conduzidas. 
 
“Temos até informações de que o próprio Gaeco pode vir a ter pessoas como candidatos. Isso é o que corre nos bastidores e isso o futuro nos dirá”, polemizou o social democrata. 
 
Foto: Mary JurunaO advogado Eduardo Mahon, tampouco o vereador João Emanuel quiseram comentar sobre os fatos imputados na investigação do Ministério Público, por meio do Gaeco, e que o apontam como líder de uma organização criminosa, envolvida em crimes de grilagem de terrenos, corrupção passiva, uso de documentos falsos, entre outras acusações. 
 
Ainda durante a entrevista, o vereador criticou a forma como ocorreu sua prisão e alega ter tido a imagem ‘escrachada’ perante opinião pública. “Principalmente porque na terça-feira eu me apresentei à juíza e quando foi na quarta fui preso por um volume de pessoas que acredito ser desleal. Levarem mais de 30 agentes para prender uma única pessoa”. 
 
‘Estadia’
 
Sobre os dois dias em que esteve preso no anexo I da Penitenciária Central da Capital, João Emanuel alegou não ter tido qualquer regalia. "Estive preso como qualquer preso comum. Fiz minhas necessidades em um banheiro comum dentro da cela que dividi com o ex-deputado federal Pedro Henry. Não tínhamos acesso à internet, celular de forma alguma”. 
 
Trâmites 
 
Segundo o advogado Eduardo Mahon, a juíza da Vara de Combate ao Crime Organizado, Selma Rosane Santos Arruda, que havia pedido a prisão preventiva do vereador, será intimida num prazo de cinco dias para prestar informações e em seguida, o processo será encaminhado ao Ministério Público do Estado. 
 
“A Procuradoria faz o parecer, volta para o desembargador (Giraldelli) fazer o julgamento do mérito”, disse Mahon ao alegar que o julgamento do mérito deve sair de 20 a 40 dias. 
 
 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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