Economia

Ipea: inflação das famílias mais pobres avança 1,74% em março e 12% em 12 meses

A inflação das famílias mais pobres cresceu em março, mais uma vez, em ritmo mais acentuado do que para as famílias de maior rendimento, mostram cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgados nesta quinta-feira. O principal motivo foi a alta dos alimentos, mais relevantes na cesta de consumo dos mais pobres.

 

Em março, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostrou aceleração de preços das famílias de renda muito baixa (1,74%) e de renda baixa (1,72%). Com o resultado, a inflação dessas faixas de renda passou a acumular alta de 12% e 11,6%, respectivamente, nos últimos 12 meses.

 

A inflação das famílias de renda alta, por sua vez, apresentou aumento de 1,24% em março. Neste caso, a inflação acumulada em 12 meses é de 10%.

 

Para calcular a inflação por faixa de renda, o Ipea considera como renda muito baixa as famílias com ganhos mensais abaixo de R$ 1.808,79. No caso das famílias de renda alta, o Ipea considera um rendimento domiciliar superior a R$ 17.764,49.

 

O mês de março foi marcado por forte pressão inflacionária. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acelerou para 1,62% em março, a maior taxa para o mês desde 1994. O próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se disse surpreso com o resultado.

 

De acordo com o Ipea, a pressão inflacionária sobre as famílias de baixa renda foi exercida sobretudo pelos alimentos, decorrente de uma alta disseminada de preços que atingiu itens de grande relevância na cesta de consumo, como arroz (+2,7%), feijão (6,4%) e cenoura (31,5%), por exemplo. Os transportes também pressionaram, especialmente por causa do reajuste das tarifas de ônibus urbano (1,3%), mais até do que a alta da gasolina.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Economia

Projeto estabelece teto para pagamento de dívida previdenciária

Em 2005, a Lei 11.196/05, que estabeleceu condições especiais (isenção de multas e redução de 50% dos juros de mora)
Economia

Representação Brasileira vota criação do Banco do Sul

Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, assinaram o Convênio Constitutivo do Banco do Sul em 26