Nesta quarta-feira, a Interpol, órgão de polícia internacional, emitiu uma ordem de captura e prisão para o ex-jogador colombiano Freddy Rincón. As acusações são de lavagem de dinheiro no Panamá e ligação com o tráfico de drogas. Ele defendeu-se por meio de entrevista à "Revista Semana", da Colômbia.
– O Brasil tratou o caso como deveria ter sido tratado na Colômbia. O Brasil pediu três vezes as provas ao Panamá a respeito disso. O Panamá nunca as apresentou, então o Brasil arquivou o caso. Vou vivendo tranquilo no Brasil, vivendo como qualquer cidadão tem que andar no Brasil ou em qualquer parte do mundo. Na Colômbia não fazem as coisas corretas – disse Rincón, de 48 anos.
Segundo informações do jornal colombiano "Cable de Notícias", Rincón está sendo procurado pela justiça panamenha por ter adquirido propriedades com dinheiro proveniente de Pablo Rayo Montaño, que foi integrante do cartel de Cali. O ex-jogador teve alguns de seus bens congelados, como duas fazendas, casas, e um apartamento. Ele será uma das 96 pessoas envolvidas no caso, fazendo parte das 76 que aguardam julgamento – 20 já foram absolvidas.
No Brasil, Rincón atuou 1994 e 2004, tendo passagens por Palmeiras, Corinthians, Santos e Cruzeiro. Em 2007, chegou a ser preso, mas conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas-corpus para aguardar em liberdade a conclusão do processo de extradição sob a mesma acusação. Atualmente, ele trabalha como comentarista de um canal de TV fechado.
Esse não é o primeiro caso policial entre os jogadores da seleção colombiana do início dos anos 90. O atacante Faustino Asprilla foi preso por disparar uma arma de fogo bêbado e Higuita, conhecido pelas suas defesas mirabolantes, também teve problemas com a lei por ser amigo do famoso traficante, Pablo Escobar. O goleiro foi preso por ter seu nome envolvido em um assassinato.
Fonte: G1