Cidades

Início da ‘Operação Verão’ tem 50 menores apreendidos

O primeiro fim de semana da Operação Verão no Rio, antecipada com o objetivo de coibir os arrastões na Zona Sul, teve 50 menores atendidos por assistentes sociais. Conforme balanço da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, a maior parte deles foi direcionada para abrigos da prefeitura, de onde têm de ser retirados por um responsável.

O domingo concentrou o maior número de atendimentos. Segundo a SMDS, 36 foram levados ao Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente (CIACA), em Laranjeiras, pela PM. Outros dois se apresentaram espontaneamente no local.

Dentre os 38 atendidos no domingo, os assistentes sociais liberaram sete, que não tiveram condição de vulnerabilidade identificada. Outros três fugiram do CIACA.

Segundo a SMDS, foram encaminhados para a Central de Recepção Taiguara, em Del Castilho, 20 crianças com idade inferior a 12 anos. Outros oito menores com mais de 12 anos foram levados para a Central de Recepção Carioca. Até as 21h, nenhum responsável por estes 28 menores compareceu nos respectivos abrigos, conforme destacou a SMDS.

No sábado (26), primeiro dia da operação, a SMDS registrou 12 atendimentos, dos quais apenas dois foram liberados imediatamente, sem o direcionamento para os abrigos.

Leblon teve o maior número de abordagens 
Conforme balanço parcial divulgado pela Polícia Militar do segundo dia de Operação Verão, 26 menores haviam sido abordados por policiais militares nas blitzes feitas na cidade. Metade das apreensões ocorreu no Leblon. Outros sete menores foram apreendidos no Centro.

O maior número de acolhimentos aconteceu no Leblon, com 13. Em Copacabana, também na Zona Sul, foram 7, enquanto no Centro houve o acolhimento de outros seis menores de idade.

A orientação da SMDS é para que as crianças com até 11 anos e 11 meses que estejam desacompanhadas, sem documentos de identificação e sem dinheiro para pagar transporte sejam direcionadas para unidades de acolhimento, onde as respectivas famílias são convidadas a comparecer.

Blitz sem assistência social
Em uma abordagem acompanhada pelo G1 neste domingo (27), três jovens — dois menores e um maior — foram recolhidos de um ônibus da linha 455 que chegava à praia de Copacabana por volta de 13h40. Quinze minutos depois, eles foram recolocados por PMs em um ônibus que ia para o Centro, mesmo sendo moradores de Bangu e não tendo dinheiro para pagar outra passagem.

Durante a abordagem, não havia nenhuma equipe da assistência social em apoio à polícia militar. Minutos antes, o secretário de segurança Jose Mariano Beltrame afirmara que o correto seria pedir apoio da SMDS.

"Quando esses ônibus são parados e essas pessoas são paradas se não tem assistência social, imediatamente é deslocada uma assistente social do ponto mais próximo para fazer essa avaliação. Critério final é da assistência social", disse.

Policiamento reforçado
A orla das praias da Zona Sul estava com intenso policiamento neste domingo. Agentes em grupos patrulhavam o calçadão. Ao todo, 700 policiais participam do esquema especial de segurança, além de 300 agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública e da Guarda Municipal.

Conforme mostrou o Fantástico (confira o vídeo no alto da reportagem), com patrulhamento intenso, o clima foi de tranquilidade neste fim de semana, ao contrário do registrado na semana anterior.

Torres de observação foram montadas ao longo da orla. Um helicóptero da PM sobrevoo as praias, enviando imagens em tempo real da movimentação para um caminhão da PM, que está estacionado no Arpoador. As imagens também são enviadas ao Centro Integrado de Comando e Controle. Com isso, a PM espera poder atuar mais rapidamente quando forem identificados tumultos na orla, com o direcionamento imediato de homens e viaturas para o local.

Um cinturão de segurança atua nas imediações da orla. Blitzes são realizadas próximo às praias de Ipanema, Leblon e Copabacana. Também são feitas revistas em ônibus em bairros mais afastados da Zona Sul. De acordo com a PM, foram montados 17 pontos móveis de bloqueio na cidade. Assistentes sociais vão trabalhar junto com a polícia na abordagem aos menores. Crianças de até 11 anos que estiverem sozinhas vão ser levadas para abrigos. Já a situação dos adolescentes maiores de 12 anos será avaliada, caso a caso, por agentes da Secretaria de Desenvolvimento Social. Nos postos 7 e 9, serão instaladas tendas para dar assistência aos adolescentes.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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