De acordo com o major Marcos Santiago, da 8ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) em Iranduba, os índios bloquearam os dois sentidos da via por volta de 10h. Eles utilizaram pneus, pedaços de madeira, entre outros materiais, para obstruir a passagem. A rodovia foi liberada 30 minutos depois após negociação com policiais militares. As lideranças indígenas disseram que cerca de 300 indígenas tentam ocupar o terreno desde terça-feira (3).
Segundo Jhoshua de Matos, representante da etnia Munduruku, o grupo é formado por indígenas e não índios que residem na comunidade Alagados, no Distrito de Cacau Pirêra, em Iranduba. "Nós moramos em áreas alagadas e reivindicamos essa área porque estão destruindo tudo para construir um condomínio aqui. Queremos a preservação dessa terra que tem até um cemitério indígena", disse.Uma aeronave do Grupamento de Radio patrulhamento Aéreo da Polícia Militar do Amazonas (Graer-AM) sobrevoou a área. Uma viatura da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) também esteve no local, mas retornou para Manaus. Além disso, 30 homens da PM acompanham a movimentação.
Supostos funcionários do proprietário do terreno entraram em atrito com o grupo que tenta ocupar a área por volta de 12h. No entanto, não houve necessidade de intervenção policial, de acordo com a PM.Durante a manhã, três advogados da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que estavam a caminho da cidade Manacapuru, orientaram os indígenas sobre o movimento. "Dissemos que eles devem agir sem confronto e reivindicar de forma legal na Justiça. Também acionamos a Comissão de Direitos Humanos da OAB para orientá-los", disse a advogada Isabela Ribeiro Alves.
G1