O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 8,3 pontos de setembro para outubro deste ano, ao passar de 119,3 pontos para 111 pontos, em uma escala de zero a 200. Com esse, que foi o quarto recuo consecutivo, o indicador atingiu o menor nível registrado desde fevereiro de 2015.
De acordo com a FGV, o indicador parece registrar um longo período de incerteza econômica, de quase três anos, em que oscilou acima de 120 pontos, um comportamento motivado, nesse período, por eventos políticos.
A Fundação Getulio Vargas acredita que, embora ainda existam riscos no campo político, “parece que a economia, pelo menos por um tempo, se isolou da política. Agora é aguardar os próximos eventos e torcer para que a incerteza continue baixa, permitindo maiores investimentos e consumo”, diz nota da FGV.
Os três componentes do indicador tiveram queda na passagem de setembro para outubro. O componente Mídia, que é baseado na frequência de notícias com menção à incerteza nas mídias impressa e online, caiu 6,5 pontos.
O componente Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões de especialistas para a taxa de câmbio e para a inflação oficial (IPCA), também recuou 6,5 pontos. A maior queda, no entanto, ficou com o componente Mercado, que é baseado na volatilidade do mercado acionário, medido pelo Ibovespa: 7,3 pontos.