Na terça, no horário eleitoral da TV, o programa de Dilma comparou a adversária Marina Silva (PSB) aos ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor, que não concluíram seus mandatos – Jânio renunciou e Collor sofreu impeachment. Nesta quarta, em entrevista, Marina disse que Dilma "está querendo ressuscitar o medo" na campanha eleitoral.
Durante atividade de campanha na capital mineira, onde fez uma caminhada, Dilma foi indagada se as críticas a Marina eram uma reedição da "política do medo" da qual o PT foi alvo em eleições passadas.
"Não, querida. É a política da verdade. O que nós dissemos não é que as pessoas são iguais, O que nós dissemos é que, se você não tem número suficiente de deputados, você não aprova nenhum projeto", respondeu Dilma – no programa eleitoral, a campanha da presidente quis demonstrar que o número de deputados que o partido de Marina dispõe é insuficiente para a aprovação de projetos importantes.
Acompanhada de Fernando Pimentel, candidato do PT ao governo de Minas, e do empresário Josué Alencar, que disputa uma vaga no Senado pelo PMDB, Dilma fez um corpo a corpo com eleitores nas vias que dão acesso à região de Venda Nova, em Belo Horizonte. Em meio à caminhada, que atraiu militantes com bandeiras, a petista conversou com a imprensa.
Após negar aos jornalistas a suposta estratégia do medo, a presidente disse que, para comandar um país, não basta dizer que "você sabe".
"Quando você dirige um país, você tem responsabilidade com o dia seguinte. Não basta dizer que você sabe – que papel aceita tudo. A hora da verdade – que não é uma questão de medo, é uma questão de verdade – é a hora que você tem que mostrar o que você tem que fazer, como você vai fazer, com que dinheiro você vai fazer", afirmou.
G1