Os executados não foram identificados, mas segundo fontes palestinas já haviam sido presos ou condenados por colaboração, ato passível de pena de morte em Gaza. Segundo o site al-Majd, eles estavam com a cabeça coberta e mãos atadas, e foram mortos a tiros por homens com máscaras e vestidos de preto diante de uma multidão de fiéis perto de uma mesquita após as orações de sexta-feira. Duas mulheres estariam entre os mortos, segundo testemunhas.
As execuções foram consideradas uma retaliação ao ataque aéreo israelense que matou três dos principais comandantes militares do Hamas na quinta-feira. Entre os líderes estavam Muhammad Abu Shamalah e Ra'ad Atar, ambos envolvidos no sequestro do soldado israelense Gilad Schalit, em 2006. Um ataque israelense também matou parentes de Mohammad Deif, comandante de uma ala militar do grupo fundamentalista, mas ele sobreviveu, segundo o grupo.
Na quinta-feira, outros três palestinos suspeitos de colaboração com Israel foram executados, de acordo com o Hamas. Os três estavam entre os sete colaboradores suspeitos detidos acusados de buscar alvos na Faixa de Gaza para o Exército israelense atacar. Não ficou claro se os outros presos também seriam executados.
Mais ataques
Quatro palestinos morreram nesta sexta-feira em ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza, anunciaram os serviços de emergência. Dois morreram em um ataque em Nuseirat contra uma casa e os outros dois em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, afirmou o porta-voz dos serviços de emergência, Ashraf al-Qudra. Os motivos dos ataques contra os alvos não foram revelados até o momento.
Mais de 2.080 palestinos e 67 israelenses morreram desde o início da ofensiva militar israelense, em 8 de julho, contra o Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Cerca de 70 morreram desde o fim do cessar-fogo de nove dias na terça-feira à noite e do fracasso das negociações indiretas entre as delegações israelense e palestina no Cairo.
O Globo