Eles começaram a atirar e a nos perseguir. As minhas filhas começaram a gritar. E, logo depois, eu peguei e falei para elas deitarem dentro do carro e abaixarem a cabeça da neném, relatou a mulher, emocionada.Durante a perseguição, os dois carros passaram em alta velocidade em frente a uma equipe da Polícia Militar. Os militares acompanharam os veículos por cerca de dois quilômetros até o Residencial Araguaia, quando conseguiram intervir.
No momento em que abordaram os envolvidos, os PMs constataram que se tratava de uma perseguição feita por guardas municipais que estavam em serviço e que exercem função administrativa.A Guarda Civil de Aparecida de Goiânia não se pronunciou sobre o caso até a publicação desta reportagem.
Susto
Os tiros disparados pelos guardas civis chegaram a atingir a cadeirinha do bebê. A lataria e o vidro traseiro do carro da família, um Volkswagen Gol, também foram alvejados. Apesar do susto, as balas não atingiram ninguém.Na hora eu só lembrava de orar e pedir para Deus proteger a minha família", relatou a vítima.
Segundo a PM, o guarda que estava armado possui porte legal de arma de fogo e a pistola estava regularizada. A polícia ainda encontrou no veículo em que os suspeitos estavam uma arma de brinquedo, um radiofrequência da Guarda Civil Municipal, um cachimbo e uma porção de crack.O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia. Encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), os guardas passaram por exames toxicológicos, que não indicaram uso de droga ou álcool.
Ambos foram autuados por tentativa de homicídio. Se condenados, podem pegar de 6 a 20 anos de prisão. Até a manhã desta quinta-feira (14), eles permaneciam detidos.
G1