Economia

Grupo africano compra rede de lojas fundada em Cuiabá

O Grupo Avenida, rede de moda que começou em Cuiabá, foi comprado pelo maior grupo de varejo de vestuário da África do Sul, a Pepkor.

A empresa africana é avaliada em US$ 5,4 bilhões e tem cerca de 5.500 lojas espalhadas por dez países do continente. O objetivo da compra é transformar o Grupo Avenida em uma em uma plataforma de crescimento da empresa africana no Brasil.

Fundada em 1978 na Capital mato-grossense pelo empresário Ailton Caseli e nos anos 2000 começou a expandir o negócio pelo país. Agora a Avenida conta com 130 lojas espalhadas por onze estados brasileiros.

Atualmente, o grupo presidido por Rodrigo Caseli conta com mais de 2,3 mil funcionários e conquistou, por cinco vezes seguidas, o prêmio ‘Melhores Empresas para se Trabalhar – Centro-Oeste’ e em 2014 e 2015 o 'Melhores Empresas para se trabalhar – Varejo Brasil'.

As companhias têm posicionamento bastante semelhante de mercado, voltadas para as classes C, D e E. A Pepkor, porém, tem atuação mais diversificada de produtos e também opera com eletrônicos, móveis e até material de construção.

A Pepkor, que carrega com orgulho e como missão ser um varejo moderno de bens acessíveis, vem reforçando nos últimos anos o projeto de ser globalmente reconhecida por seu posicionamento.

Mirou, então, no Brasil, uma economia namorada por muitos países com seus mais de 210 milhões de habitantes. O PIB do Brasil, de US$ 1,3 trilhão em 2020, representa mais de 4 vezes o produto interno da África do Sul, que somou US$ 302 bilhões no mesmo período.

O fit entre os negócios era algo que os investidores de ambas as companhias já reparavam e a paquera entre elas, que agora deu em casamento, é antiga. Mas a conversa só engatou mesmo quando os planos de ir para a bolsa foram encerrados.

Os valores da transação são mantidos sob sigilo, apesar de a Pepkor ser uma companhia de capital aberto, avaliada em torno de US$ 5,4 bilhões. O investimento deve ser anunciado em breve na África do Sul, mas sem os detalhes.

Os números atuais do Grupo Avenida não são conhecidos, mas quando registrou prospecto preliminar no início de 2021 na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostrava receita líquida de R$ 640 milhões, em 2020, e de R$ 680 milhões, em 2019.

Quando planejou o IPO, a família Caselli já tinha intenção de vender parte de suas ações, além de buscar recursos para investir em tecnologia, logística e no retrofit das lojas, além de abertura de novas. Além de adquirir parte da família e a fatia do Kinea, a Pepkor também fará um aporte de recursos na companhia.

Em 2014, a rede recebeu um aporte de R$ 250 milhões da gestora de private equity Kinea, que ficou com 20% do negócio.

Agora, com a transação, os fundos II e III da casa, onde o investimento estava alocado, venderam toda a posição. A família Caselli, fundadora e até então controladora do Avenida, continuará como acionista minoritária e ainda à frente da operação.

 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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