Os funcionários e professores, que iniciaram a paralisação há 82 dias, protestam contra o corte de salário ocorrido neste mês. De acordo com Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP, os grevistas também são contrários à transferência do Hospital Universitário para a Secretaria Estadual de Saúde. Eles farão um abraço simbólico ao hospital para demonstrar a indignação, informou Magno.
Pela proposta, feita pelo reitor Marco Antonio Zago, tanto o Hospital Universitário do Campus Butantã, na capital paulista, quanto o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, em Bauru, serão transferidos da USP para a secretaria. Os servidores continuariam, porém, ligados à universidade.
A medida visando a equilibrar o orçamento da instituição também prevê um programa de incentivo à demissão voluntária voltada aos servidores técnico-administrativos. Segundo a USP, nos últimos quatro anos, foram contratados mais de 2,4 mil funcionários desse tipo. O programa será focado em 2,8 mil servidores celetistas com idade entre 55 anos e 67 anos e pelo menos 20 anos de trabalho na USP.
A proposta inclui ainda a diminuição da jornada de 40 horas para 30 horas semanais, com redução de salário.
Agência Brasil