A Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SEAF) licitou R$ 2,1 milhões para a aquisição de material genético bovino. A ação faz parte do programa Mato Grosso Produtivo-Leite, que traz uma série de serviços e produtos para incrementar e ampliar a capacidade de produção do agricultor.
As atas publicada no dia 19 de dezembro informam que o governo poderá adquirir até R$ 2.117.340 em material genético. A compra do produto poderá ser feita de forma gradativa e de acordo com a demanda dos produtores. As atas também estarão disponíveis para adesão de instituições e órgãos públicos em todo o país.
A empresa Fertiliza Consultoria em Reprodução Animal LTDA está responsável pela execução dos serviços de transferência de embriões e orientação técnica dos produtores. Nesta modalidade será investido o montante de R$ 1,3 milhão na aquisição de duas mil prenhezes, obtidas a partir da transferência de embriões para as matrizes receptoras.
Para a transferência serão utilizados embriões sexado de fêmea, da raça Girolando Meio Sangue (CCG 1/2 – Cruzamento com Controle de Genealogia). As matrizes, também chamadas de “barriga de aluguel”, serão pré-selecionadas pelo programa. O pagamento das transferências genéticas será feito de maneira gradativa, por prenhez, ou seja, a cada gestação confirmada.
Já na modalidade de inseminação artificial, serão investidos pelo Estado R$ 736,3 mil, o equivalente a compra de 15 mil doses de sêmen, entre sexado e convencional, das raças Gir Leiteiro, Jersey, Girolando ¾, Girolando 5/8 e Holândes. As empresas Alta Genetics do Brasil LTDA e Replan Comércio, Serviços e Representações LTDA estarão responsáveis pelo fornecimento do material genético.
A aposta do Mato Grosso Produtivo-Leite é garantir que os produtores tenham acesso a animais geneticamente superiores, que irão assegurar a formação de novos rebanhos com maior potencial produtivo, em substituição a matrizes de baixa produtividade.
A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) também atuará no acompanhamento técnico do programa, além de orientar os produtores sobre o manejo sanitário e nutricional do rebanho, entre outras ações que deverão ser desenvolvidas na propriedade.
Um termo de cooperação técnica será firmado entre a Seaf, cooperativas de leite e prefeituras parceiras para a seleção dos produtores beneficiários. A ideia é utilizar a organização regional e o conhecimento técnico de cooperativas e prefeituras para garantir a seleção de produtores vocacionados para a lida com o leite e aptos para receber a tecnologia.
Entre os critérios, os produtores também deverão possuir capacidade de manejo sanitário e nutricional (condições de boa alimentação) das matrizes. O atendimento às regiões será definido conforme as demandas oficializadas ao longo do ano junto à Secretaria.
Com o programa, a expectativa é assegurar que nos próximos anos, a produção média ultrapasse os atuais 3,77 litros/dia (Censo IBGE – 2018), para algo em torno de 10 litros. Com o melhoramento genético do rebanho aliado a um manejo sanitário e nutricional adequado, é possível garantir o aumento da produtividade, com impacto direto sobre a renda do produtor, e toda a cadeia de produtos lácteos do Estado.