A Controladoria-Geral da União (CGU) informou nesta quarta-feira (22) que o governo expulsou nos primeiros seis meses deste ano 157 servidores por “ato relacionado à corrupção”. Esse número corresponde a 59% de todas as expulsões registradas no primeiro semestre de 2015 (266).
Os dados constam do Relatório de Punições Expulsivas do órgão. Segundo explicou a CGU, essas expulsões foram aplicadas a servidores de órgãos da administração pública federal – os dados não incluem os empregados de empresas estatais, como Caixa Econômica, Correios e Petrobras.
Conforme a controladoria, o servidor expulso não poderá ocupar cargo público pelo prazo de cinco anos ou poderá, até mesmo, ficar impedido de retornar ao serviço público, de acordo com o tipo de infração cometida. Além disso, informou o órgão, ele também fica inelegível por oito anos, como prevê a Lei da Ficha Limpa.
De acordo com o relatório da CGU, em 2014 foram expulsos do serviço público 548 servidores, dos quais 363 por corrupção. Em 2013, foram expulsos, ao todo, 528 funcionários públicos – desses, 377 por corrupção.
Além dos 157 envolvidos em casos de corrupção, informou a CGU, outros 71 foram expulsos por "abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos"; seis por "participação em gerência ou administração de sociedade privada"; quatro por "proceder de forma desidiosa"; e 28 por "outros motivos".
Segundo o órgão, do total de 266 expulsos no primeiro semestre, 227 eram servidores efetivos; 16, ocupantes de cargo em comissão; e 23, aposentados.
Desde 2003, informou a Controladoria-Geral da União, já foram expulsos do serviço público 5.390 funcionários da administração pública federal, dos quais 3.599 por corrupção (66,7%)
A segunda maior causa de expulsões foi “abandono do cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos”, com 1.221 expulsões nos últimos 12 anos e meio (22,6%).
Fonte: G1