O Conselho de Segurança da ONU realiza, ainda nesta quinta, uma reunião de emergência para tratar da crise, segundo diplomatas ouvidos pelas agências Reuters e France Presse.
A França, o Reino Unido e a Austrália haviam pedido a reunião, marcada para começar às 17h30 de Nova York (18h30 de Brasília), a portas fechadas.
O Conselho de Segurança será informado sobre a situação pelo secretário-geral adjunto da Organização das Nações Unidas, Jan Eliasson.
O Egito enfrenta uma grave crise política, que piorou após forças de segurança terem matado centenas de islamitas e deixado milhares de feridos em uma operação para desmontar dois acampamentos no Cairo.
A Irmandade Muçulmana, principal grupo islamita do país, fala que os números de vítimas são ainda maiores que os divulgados pelo governo.
Confrontos continuavam em diversos pontos do país nesta quinta, com pelo menos mais 8 membros das forças de segurança mortos.
Os islamitas pedem a recondução ao poder do presidente Mohamed Morsi, ligado à Irmandade Muçulmana, e deposto no início de julho pelos militares, apoiados por parte da população.
O exército prometeu a recondução do país à democracia, com a revisão da constituição e o chamado de novas eleições, mas o que ocorreu desde então foi o acirramento das divisões internas.
A comunidade internacional condenou fortemente os ataques contra os islamitas.
Os EUA pediram o fim imediato do estado de emergência imposto na véspera pelos militares e aconselharam seus cidadãos a deixarem o Egito e evitarem viagens ao país.
G1.Com