O governador Luiz Fernando Pezão convocou o secretário de Segurança José Mariano Beltrame e a cúpula de Segurança do Rio de Janeiro para discutir os atos criminosos registrados na capital entre terça (30) e quarta-feira (1). De acordo com a Secretaria de Estado de Governo (Segov), a reunião acontecerá na manhã desta quinta-feira (2) no Centro Integrado de Comando e Controle.
Ao menos duas pessoas foram mortas durante tiroteios nestes dois dias. Os atos ocorreram em pelo menos três comunidades da capital. Cerca de 10 mil estudantes foram prejudicados com a suspensão de aulas por questões de segurança e a Avenida Brasil, uma das principais vias da cidade, chegou a ser fechada por quase uma hora duranre confronto entre criminosos e militares do Exército.
Em Niterói, já na noite de quarta-feira, tiroteio deixaram moradores assustados e um ônibus foi queimado por criminosos. Segundo a PM, a ação foi uma represália à morte de um suposto traficante durante operação policial na noite anterior.
Pânico no trânsito
A Avenida Brasil foi fechada por cerca de 40 minutos a partir das 14h40 desta quarta-feira (1º) por conta de um intenso tiroteio, segundo o Batalhão de Policiamento de Vias Expressas (BPVE). Tanto policiais do batalhão quanto agentes da Força de Pacificação da Maré foram acionados, e um tanque do Exército chegou a ser "estacionado" atravessado na Avenida Brasil, na altura da Fiocruz, sentido Zona Oeste, para impedir a passagem de motoristas. A troca de tiros teria começado por volta de 14h30.
Com medo, motoristas chegaram a dirigir na contramão para fugir do local. De acordo com a Fiocruz, funcionários de um prédio em frente ao castelo da fundação foram liberados com uma hora de antecedência, às 16h. O expediente normalmente vai até 17h. A assessoria de imprensa da Fiocruz também negou que o local tenha sido invadido por traficantes ou acertado por tiros.Conforme relatos de funcionários, quando há confronto próximo ao local, um alarme é acionado e a segurança é reforçada.Às 15h40, segundo o Centro de Operações da Prefeitura, a via já estava liberada e tinha trânsito lento na altura do Caju até a altura do Canal do Cunha. Na altura da Fiocruz, o trânsito estava normalizado por volta de 15h30.
Onda de violência
Por causa de outros confrontos na cidade, cerca de 10 mil alunos da rede municipal ficaram sem aula na Zona Norte do Rio também nesta quarta. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, no Conjunto de Favelas da Maré, seis escolas municipais, três creches e um espaço de desenvolvimento infantil totalizaram 6.840 alunos longe das salas de aula. Na Vila Cruzeiro, foram 3.010 alunos de quatro escolas ficaram prejudicados.
No Parque Proletário, mais de 1 mil alunos de duas escolas da localidade não puderam assistir às aulas.Nos confrontos, duas pessoas morreram. A polícia informou que, nas proximidades da Vila do João, o homem baleado tinha uma arma ao lado do corpo. Na Vila Cruzeiro, outro homem armado teria sido morto.
G1