Economia

Governador diz que Mato Grosso perderá com cobrança do ICMS no destino

O governador Mauro Mendes avalia que Mato Grosso irá perder arrecadação do ICMS com a transferência do imposto para a unidade em que ocorre o consumo. A mudança está na proposta de reforma tributária (PEC 45) do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e é uma das mais cotadas para a transição das regras tributárias no País.

“O problema é que Mato Grosso é um Estado que produz muito e consume pouco. Nós temos hoje cerca de 3,4 milhões de habitantes, o que é uma baixa densidade para o tamanho do Estado. Se nós formos tributar só no destino, certamente Mato Grosso perde, porque a nossa capacidade consumir é muito menor que a nossa capacidade de produzir”.

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de Baleia Rossi extingue três tributos federais (IPI, PIS e Cofins), o ICMS (estadual) e o ISS (municipal), incidentes sobre o consumo. Eles seriam substituídos pelo IBS (Imposto sobre Operações com Bens e Serviços), que concentrariam o valor agregado do produto e que valeria para as três unidades federativas (município, Estado e União).

Segundo o parlamentar, a modificação simplificaria a distribuição de taxas para os Estados e acabaria com a guerra fiscal no País, gerada pela definição da cobrança do ICMS em cada unidade, de recolhimento no local de origem.

O governador defende que os Estados com grande carga de produção e baixo consumo devem entrar num fundo de compensação de perda do ICMS, semelhante ao FEX (Auxílio de Fomento de Exportação) realizada para os produtos primários importados sem a taxação do ICMS.

“Durante décadas essa lógica [de tributação no destino, no consumo] não foi usada, agora que temos uma grande capacidade de produção não pode ser mudada essa lógica, sem que seja criado um fundo de compensação, para dirimir, corrigir essas dúvidas”.

Redação

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