Durante reunião com Kerry, o chanceler francês renovou "a exigência de explicações sobre as práticas de espionagem inaceitáveis entre parceiros e que devem parar", indicou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores francês, Romain Nadal, em comunicado.
O encontro estava previsto desde antes da publicação de notícias sobre o caso de espionagem e aconteceu na manhã de hoje, pouco antes de Kerry e Fabius partirem para Londres, onde ocorre uma reunião entre 11 países Amigos da Síria com representantes da oposição síria, para preparar a conferência internacional sobre a transição política naquele país.
Na segunda-feira à noite, Kerry indicou que os Estados Unidos iam dialogar com a França – um "velho aliado", sobre o programa de espionagem mundial da Agência de Segurança Nacional (NSA, sigla em inglês) norte-americana. Depois que o jornal francês Le Monde divulgou que dezenas de milhões de dados telefônicos de cidadãos franceses foram interceptados pela NSA, houve protestos pelas ruas de Paris.
Questionada sobre a possibilidade de sanções francesas, a porta-voz do governo francês, Najat Vallaud-Belkacem, considerou ser necessário desenvolver um trabalho "a nível europeu para que o continente tenha meios de proteger os dados de seus cidadãos".
Na segunda-feira (21), o Le Monde noticiou que, em apenas 30 dias, entre dezembro de 2012 e o início deste ano, foram interceptados 70,3 milhões de ligações originadas a partir da França. O jornal indicou que os principais alvos da NSA na França não se limitaram a suspeitos de atividades terroristas, e incluíam também empresários, políticos e funcionários públicos.
Agência Brasil