Os parentes estavam sem manter contato com os presos, pois as visitas haviam sido suspensas por conta da paralisação que durou 8 dias e encerrou nesta sexta-feira (2) depois que o governo prometeu à categoria a reavaliação das propostas apresentadas aos grevistas.
Uma hora antes do horário normal de entrada, muitas pessoas já estavam em frente à Penitenciária Central do Estado, antigo presídio do Pascoal Ramos, em Cuiabá, considerada maior unidade prisional do estado. Muitos levaram alimentos e produtos de higiente para os detentos. Na quarta-feira (31), por conta da suspensão das visitas, houve confusão nessa mesma penitenciária. Mulheres jogaram pedras nos agentes por terem sido impedidas de entrar na unidade e uma delas chegou a ser presa pela Polícia Militar.
Nesta semana, a Justiça determinou que 70% dos profissionais permanecessem trabalhando, no entanto, o Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciários de Mato Grossox (Sindispen) recorreu da decisão e apenas 30% do efetivo trabalharam durante a greve.
A greve continua suspensa até a próxima sexta-feira (9), quando o governo deve dar uma posição sobre as negociações. Durante a semana, foram abertas 100 vagas temporárias de agentes para substituir os grevistas.
Os agentes reivindicam 20% de aumento referente a 2012, 25% para 2013 e 30% em 2014. O governo ofereceu 5% em 2014 e 5% em 2015, porém, a proposta foi rejeitada. O salário inicial de agente prisional é de R$ 1.998,00.
O presidente do Sindspen, João Batista de Souza, informou que a greve foi suspensa temporariamente porque o governo garantiu reaver a pauta de reivindicações considerando a possibilidade do pagamento de adicional de insalubridade, uma das cobranças da categoria. De acordo com o sindicalista, durante a reunião com o governador Silval Barbosa houve também a garantia de que para o próximo concurso, será exigido nível superior. O salário-base de um agente prisional é de R$ 1.998. Eles querem a recomposição de 20% referentes a 2012, 25% para este ano e 30% para 2014.
Fonte: G1