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Famílias reduzem intenção de consumo em Cuiabá pela primeira vez após 12 altas consecutivas

Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Cuiabá tem primeira retração mensal (-0,9%) em fevereiro de 2024 após 12 altas consecutivas e fechou em 109 pontos, revela estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Mesmo com a queda ante janeiro último, o indicador ficou 41,7% superior no comparativo com o mesmo período do ano passado, quando somava apenas 76,9 pontos.

O levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) mostra, inclusive, que o índice nacional está menor, com 105,7 pontos, em queda pelo terceiro mês consecutivo. No entanto, ainda é possível observar um crescimento expressivo de 10,44% na avaliação anual.

Segundo a pesquisa, os subíndices que mais impactaram para o resultado mensal são o Nível de Consumo Atual (-3,1%), depois o Emprego Atual (-2,6%) e Renda Atual (-2,1%). Outro subíndice que apresentou queda, mas em menor grau, foi o Momento para Duráveis (-0,3%). Com relação aos componentes que registraram crescimento mensal são a Compra a Prazo (Acesso ao crédito) (0,9%), Perspectiva Profissional (0,1%) e Perspectiva de Consumo (0,1%).

O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, lembra que o mesmo movimento de queda no Nível de Consumo Atual também foi observado em fevereiro do ano passado, o que pode estar atrelado ao momento do ano. “Este recuo pode ser reflexo do período de recesso e de gastos obrigatórios de início de ano. Ainda assim, a comparação com o mesmo mês do ano passado se mostra muito positiva”.

Ainda segundo análise do Instituto, a manutenção do índice em níveis considerados satisfatórios segue pelo sexto mês consecutivo, permanecendo acima dos 100 pontos, indicando, ainda, um otimismo por parte dos consumidores na capital do estado.

Na avaliação atual sobre o emprego, 53,6% afirmaram estar mais seguros atualmente do que no mesmo período de 2023, na mesma comparação anual, 55% afirmaram que a renda atual está melhor. Já para uma avaliação futura, 56,8% afirmaram que a perspectiva profissional para os próximo seis meses é positiva.

Wenceslau Júnior conclui que “a queda no período atual, apesar de leve, pode ser um alerta sobre como o comportamento inflacionário e a geração de emprego, fatores que estão diretamente ligados à intenção de consumo das famílias, podendo ou não gerar um cenário favorável nos próximos meses e, consequentemente, para o crescimento econômico local”.

João Freitas

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