Economia

Famílias cuiabanas estão mais endividadas segundo revela pesquisa

Após as datas comemorativas de final de ano, a pesquisa que mede o endividamento e inadimplência do consumidor (Peic) de janeiro, mostrou leve aumento do seu índice às famílias da capital. Elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgado nesta quarta-feira (31/01) pela Fecomércio-MT, o patamar subiu de 55,7% em dezembro de 2017 (107.164 famílias) para 56,9% em janeiro (109.645 famílias).

Apesar disso, o número de famílias que dizem não ter condições de pagar as próximas parcelas, caiu em janeiro, em comparação com o mês anterior. Saiu de 15,2% para 13,6%. Esse percentual mostra que, muitos cuiabanos que receberam o 13º salário, aproveitaram para quitar dívidas antigas e que a empregabilidade está permitindo boas perspectivas para aqueles que ainda tem parcelas à vencer.

Com a melhora das condições econômicas e da empregabilidade, a variação anual da pesquisa registrada apresentou forte queda no número de famílias que possuem contas ou dívidas contraídas com cheques, cartões de crédito, carnês e outros. Em janeiro de 2017, o índice era de 68,5% (130.432 famílias) contra os atuais 56,9%.

Número de inadimplentes cresce pelo segundo mês consecutivo

Na proporção mensal da pesquisa, observou-se um segundo aumento consecutivo das famílias que possuem contas em atraso, saindo de 27,2% em novembro passado (52.318) para 27,5% no mês seguinte (52.966) e 27,6% em janeiro (53.144). Já na comparação com janeiro de 2017 em relação ao mês atual, em números absolutos, houve uma significativa redução no número de endividados. Isso porque no primeiro mês de 2017, 72.895 famílias estavam nestas condições, já em janeiro deste ano, caiu para 53.144.

O tempo para o pagamento das contas em atraso aumentou na comparação anual da pesquisa, de 56,3 dias em janeiro de 2017 para 69,8 dias em janeiro deste ano. Já o tempo de comprometimento com dívidas perdura por mais de seis meses, sendo 6,6 meses em janeiro do ano passado e 6,8 meses no mesmo período desse ano.

Famílias sem condições de pagar contas continuam a diminuir

A pesquisa revelou ainda que, para as famílias que não terão condições de pagar as dívidas, o índice teve queda no mês e chegou a 13,6% (26.184 famílias), contra 15,2% do mês anterior (29.315 famílias). O resultado se aproxima do menor obtido nos últimos treze meses, justamente o registrado em janeiro de 2017, quando 13,4% das famílias (25.609) estavam nestas condições.

O presidente da Fecomércio-MT, Hermes Martins da Cunha, reforçou a melhora da economia sobre questões do consumo e endividamento. “As taxas de juros menores e a recuperação da renda têm contribuído para uma melhora das condições dos consumidores em honrarem suas dívidas no decorrer do ano. 2018 promete bons ventos para a economia e para o comércio em geral”, disse.

 

Redação

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