Wagner Pinto contou que o lote vago fica perto da casa de Marcos Aparecido dos Santos condenado por matar Eliza Samudio, localizada na cidade de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele disse ainda que foi ao terreno nesta quinta-feira na companhia de Rosa e que a versão do primo de Bruno tem certa coerência. Segundo o delegado, no lote há um coqueiro, como o jovem havia descrito.
"Ele [Jorge] esclareceu que a Eliza Samudio foi levada por ele e pelo Macarrão à casa do Bola, onde foi assassinada. O Bola teria dado uma gravata na Eliza, asfixiado ela até a morte e depois decepou uma das mãos da Eliza. E depois disso, segundo a versão dele, enrolou o corpo e a mão num lençol e depois colocou no interior de um saco de cadáver. (…) E depois foram para um lote vago, próximo à casa do Bola, onde já havia uma cova feita, um buraco profundo, aparentemente feito por uma retroescavadeira, segundo ele. E ali foi arremessado o saco contendo o corpo da Eliza. E, posteriormente, os três o Jorge, o Macarrão e o Bola teriam enterrado o corpo", relatou Pinto sobre o depoimento do primo de Bruno Fernandes.
Eliza foi morta em 2010. O goleiro foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão por ter tramado a morte da ex-amante para não pagar pensão alimentícia ao filho recém-nascido hoje com quatro anos. Em junho, ele foi transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, no norte de Minas Gerais.Rosa disse saber onde Eliza foi enterrada em uma entrevista concedida à Rádio Tupi do Rio de Janeiro e veiculada nesta quinta-feira. Ele viajou para Minas Gerais com o advogado Nélio Andrade e policiais cariocas. Durante a tarde desta quinta, Andrade afirmou que rodou por cerca de duas horas na Região Metropolitana de Belo Horizonte para achar o lugar e encontrou. Depois disso, eles procuraram uma companhia da Polícia Militar em Vespasiano.
Rodamos. Quase passamos pelo local, quando ele disse: ‘para aqui, eu reconheço isso aqui’.Quando ele desceu, ele chorou, se emocionou, se arrepiou, e me mostrou o coqueiro.Exatamente o que ele descreveu na gravação da Rádio Tupi, é o que está no local, disse o advogado.Wagner Pinto afirmou que o terreno tem características semelhantes às que Rosa descreveu e que a polícia vai preservar e fazer a segurança do terreno. "Ele [Jorge] afirma 100% que o local é aquele", ressaltou. O delegado disse que o primo de Bruno vai acompanhar os trabalhos de escavação nesta sexta-feira.Questionado se este seria o ponto final do caso, o primo de Bruno disse:com certeza. Ele ainda afirmou que quer dar à mãe de Eliza o direito de enterrar a filha dignamente.
G1