A balança comercial brasileira registrou superávit (exportações maiores que importações) de US$ 5,2 bilhões em outubro, informou nesta quarta-feira (1º) o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Trata-se do melhor resultado para o mês desde o início da série histórica do ministério, em 1989.
As exportações brasileiras em outubro somaram US$ 18,88 bilhões, com alta de 31,1% sobre o mesmo mês de 2016, na média por dia útil.
Já as importações somaram US$ 13,68 bilhões, aumento de 14,5% na mesma comparação.
Em outubro, as exportações de produtos básicos cresceram 42,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado. A venda de semimanufaturados cresceu 26,2% e, a de manufaturados, 21%.
Do lado das importações, a compra de combustíveis e lubrificantes aumentou 68,2%; a de bens de capital, 18,7%; a de bens de consumo, 9,3%; e a de bens intermediários, 7,9%.
Acumulado do ano
No acumulado entre janeiro e outubro, o superávit da balança comercial somou US$ 58,48 bilhões. O resultado até outubro também é o melhor para o período de toda a série histórica.
As exportações brasileiras somaram US$ 183,48 bilhões, um aumento de 19,9% em relação ao mesmo período de 2016. Segundo o diretor de estatísticas e apoio às exportações do MDIC, Herlon Brandão, a alta é explicada por uma combinação entre aumento dos preços e quantidades exportadas.
De acordo com dados do ministério, de janeiro a outubro os preços aumentaram 11,9% na comparação com igual período de 2016. Já as quantidades de produtos exportados aumentaram 7,3%.
"Ao longo do ano observamos um crescimento das quantidades exportadas. Isso indica uma demanda mundial aquecida", afirmou.
Com relação às importações, o preço dos produtos aumentou 3,6% até outubro e, a quantidade importada, cresceu 5,4%, quando comparado com o período de janeiro a outubro de 2016.
Até outubro, as importações brasileiras somaram US$ 125 bilhões, aumento de 9,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para 2017, a previsão do governo é fechar com um superávit de US$ 65 bilhões a US$ 70 bilhões. A previsão anterior era um superávit superior a US$ 60 bilhões.
"Tivemos um crescimento das exportações e o desempenho tem sido sustentável ao longo do ano", disse Brandão.