Cidades

Ex-governador aposta em polarização Mauro e Márcia em MT

Ex-governador de Mato Grosso, Júlio Campos (União) aposta em uma polarização estadual entre o governador Mauro Mendes (União) e a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), na disputa pelo governo do Estado. Segundo Júlio, a divergência deverá seguir a nacional, entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), já que o petista virá lançar a candidatura de Márcia ao Palácio Paiaguás. 

 

"Se o Lula vier participar pessoalmente [da campanha] aqui em apoio a Márcia Pinheiro, como deve acontecer, vai polarizar, com certeza. Embora Mato Grosso seja um estado que, hoje, o Bolsonaro tem uma vantagem razoavelmente boa. Não sei a nível nacional, mas a nível local sim", disse Campos nesta segunda-feira (15). 

 

Júlio também descartou que o governador Mauro Mendes terá uma campanha fácil, e que o grupo trabalhará para vencer no 1º turno, porém, não vê um eventual segundo turno como "surpresa". "Qualquer candidato que faça oposição ao governo já tem condição de ter 30% dos votos. Não há governo com aceitação maior do que 70%. Então temos que trabalhar porque a  eleição é dura. Temos mais outros dois candidatos pequenos que podem surpreender durante o horário eleitoral. Enfim, vamos aguardar, vamos trabalhar, respeitando a adversária política e os adversários também. Tentar ganhar a eleição em primeiro turno. Se não der em primeiro turno, vamos pro segundo turno", completou. 

Aliança esdrúxula 

Júlio Campos classificou como "esdrúxula" a indicação pelo PSB para a segunda suplência do senador Wellington Fagundes (PL). Segundo o ex-governador, será difícil explicar para o eleitorado como o partido de Geraldo Alckmin, que é candidato a vice de Lula (PT), está coligado com o partido do presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

"Realmente é uma confusão pra dar, vender e alugar. Está tão confuso que eu mesmo não sei quem é o segundo setor. Não tem nem como explicar até para o próprio eleitorado esse imbróglio que está aqui em Mato Grosso. Olha, em todos os casos, vamos aguardar o julgamento popular. Mas essa suplência do Wellington aí, é difícil de explicar para o Bolsonaro e para o eleitorado", concluiu.

Redação

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