Cidades

“Estado de choque”, diz funcionário de escola onde mãe foi morta

Após a morte de Cristine Fonseca Fagundes, 44 anos, na frente da filha durante um assalto a poucos metros do colégio Dom Bosco, na Zona Norte de Porto Alegre, na noite de quinta-feira (25), pais, alunos e funcionários se dizem em estado de choque com o que aconteceu. Cinco pessoas foram detidas, mas apenas um foi preso suspeito de ter participado do crime. Outros dois suspeitos são procurados pela polícia.

“A filha mais velha viu a mãe ser morta e saiu correndo para dentro do colégio pedindo socorro, mas já era tarde, apavorada imagina. Agora nos terminamos  de medicar os filhos, foram levados para o pronto socorro porque estavam em estado de choque. Estamos dando assistência, mas infelizmente não há o que dizer”, lamenta o assistente administrativo da escola Osvaldo Dal Piaz. As aulas foram suspensas nesta sexta-feira (26)

Cristine estava dentro do carro, acompanhada da filha de 17 anos, quando foi abordadas pelos assaltantes. Elas aguardavam pelo filho mais novo da vítima, de 10 anos, que é estudante da sétima série. Antes de render as vítimas, segundo testemunhas, o criminoso já havia assaltado outras duas pessoas na rua, a poucos metros do colégio.

Conforme a vendedora Andreia Farias, o local é alvo frequente da ação de criminosos. “Há uns meses atrás teve um roubo de outra mãe na frente da escola (…)  é muito triste”, lamentava, dizendo ainda que logo após o crime, os filhos ligavam para os pais apavorados com o que tinha acontecido. “É uma preocupação constante, é todo os dias em todos os lugares”, completou.

Prisões
Cinco pessoas foram presas logo após o crime. Um deles é apontado pela polícia como um dos suspeitos do crime. outros dois envolvidos são procurados pela polícia. Fabrício Farias, de 20 anos, deixou a cadeia há quatro meses após ter sido preso por roubo.

“São três envolvidos, a autoria está completamente esclarecida. Nós temos um preso que está sendo autuado em flagrante (…) temos a prova material, tem os objetos de vítimas que nós apreendemos”, disse o delegado Alexandre Vieira.

De acordo com a polícia, os suspeitos do crime tinha realizado um arrastão praticando ao menos seis assaltos. Eles buscavam os celulares das vítimas. Três dos aparelhos estavam com o suspeito preso.

“Devido ao celular de uma das vítimas, que estava dando monitoramento dentro da Vila Kedi, nos deslocamos para lá, fizemos várias abordagens e encontramos esse suspeito que está preso”, relatou o sargento da Brigada Militar Luis Fernando Soares Beltrão.

Durante o arrastão, os bandidos fizeram o proprietário de um veículo refém em um sequestro relâmpago, e obrigaram o dono do carro a acompanhá-los durante toda a ação, inclusive no momento em que eles tentavam assaltar Cristine.

Exoneração
Horas depois da morte de Cristine, o governo do estado do Rio Grande do Sul divulgou nota na qual informou que o secretário de Segurança Pública, Wantuir Jacini havia pedido demissão do cargo.

Foi determinada ainda a criação de um gabinete de crise que será coordenado pelo vice-governador José Paulo Cairoli até que seja anunciado um novo nome para ocupar a pasta da segurança.

Enquanto o governador anunciava as medidas, um grupo protestava em frente ao prédio onde mora Sartori.

Força Nacional
Durante a madrugada desta sexta-feira (26) o governo gaúcho divulgou uma nova nota na qual informava que vai pedir ao governo federal ajuda da Força Nacional para fazer a guarda externa dos presídios.

Com isso, o executivo gaúcho pretende deslocar policiais militares que fazem esse serviço para o patrulhamento das ruas.

O pedido da vinda da Força Nacional será apresentado na manhã desta sexta em encontro de Sartori com o presidente interino Michel Temer, em Brasília.

Fonte: G1

Redação

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