O quarto corpo do grupo que se afogou em uma cascata em Silveira Martins, na Região Central do Rio Grande do Sul, foi encontrado na manhã desta segunda-feira (20), quando os bombeiros retomaram os trabalhos de busca. A vítima é uma jovem de 19 anos. Segundo a mãe dela, estava grávida de dois meses e meio.
Outros três corpos foram retirados da água no domingo (19), após o afogamento.
As identidades de todas as vítimas foram divulgadas nesta segunda. São Vinícius Trindade Monteiro, de 11 anos, Roberta Vanessa Ortiz Martim, 34, Luciana Aguirre Trindade, 36, e Karina Trindade Noronha, 19.
Não há a confirmação se eram todos da mesma família. A mãe da quarta vítima preferiu não dar entrevista, ainda abalada com a perda, mas mencionou que havia parentes entre os mortos. O corpo da jovem foi localizado a cerca de quatro quilômetros de onde ela desapareceu.
Os corpos das vítimas serão velados em Santa Maria a partir da tarde desta segunda.
O acidente ocorreu por volta das 16h de domingo. Pessoas que estavam na região da cascata contaram aos bombeiros que a criança teria pulado na água e se afogado, e os adultos tentaram resgatá-la.
Choveu no fim de semana na região, e os bombeiros disseram que, por conta disso, a correnteza ficou mais forte. O nível da água subiu cerca de 3 metros em poucos minutos.
O bombeiro Mauro Fonseca faz um alerta aos banhistas. "Se estiver num local de serra, onde existam morros, vales com riacho, e chover, saia da água, porque vai encher e vai levar quem estiver dentro da água", salienta.
Investigação policial
A área da cascata fica em uma propriedade particular no interior do município. A responsável pelo local, Renata Vicentini, disse que, quando começou a chover, a correnteza arrastou o grupo para dentro do rio. Segundo ela, outras pessoas chegaram a ficar ilhadas, mas conseguiram se salvar.
Ela confirma que não há salva-vidas no local, mas sim uma pessoa que fica encerregada de avisar os banhistas em caso de algum problema.
"A gente tem um rapaz que fica lá em cima e que, no começo da chuva, avisou o pessoal para descer porque começou a ficar perigoso. Mas teve gente que ficou mais um pouco, acharam que a chuva ia passar logo…", comentou Renata.
A responsabilidade dela também será apurada pela Polícia Civil na investigação.
Fonte: G1