Também figuram como réus, a esposa de Eder, Laura Tereza da Costa Dias e o superintendente do Bic Banco em Mato Grosso, Luis Carlos Cuzziol. O Bic Banco é apontado como uma instituição utilizada para concessão de empréstimos fraudulentos no Estado.
Assim como Eder Moraes, Cuzziol chegou a ser preso em cumprimento de mandado de prisão preventiva durante a quinta fase da Operação Ararath, deflagrada na última semana pela Polícia Federal (PF). O superintende do Bic Banco, no entanto, foi solto no último domingo (25), enquanto Eder segue detido no Centro de Detenção Provisória da Papuda, em Brasília.
O juiz Jeferson Schneider estabeleceu prazo de 10 dias para que os acusados apresentem defesa.
Sigilo
Nesta terça (27), o juiz da 5º Vara, Jeferson Schneider emitiu despacho suspendendo o sigilo imposto, até então, às investigações da Operação Ararath. Ao acatar pedido do MPF, o magistrado sustentou que o sigilo não cabe neste processo por envolver agentes públicos eleitos pelo povo.
Schneider também autorizou a distribuição de cópias dos processos referentes à ação penal instaurada, dos mandados de busca e apreensão, do inquérito policial, bem como autorizou a quebra de sigilo da delação premiada do empresário Júnior Mendonça.
“Impõem-se estabelecer um ponto ótimo de equilíbrio entre o direito à intimidade dos investigados e/ou acusados e o interesse público à informação para os dois direitos constitucionais possam ser maximizados, sem que um possa anular completamente o outro”, observou o magistrado em um trecho do despacho.
Schneider manteve somente o sigilo bancário, telefônico e fiscal dos investigados, sob a justificativa de preservar o direito à intimidade dos investigados e/ou acusados.