Dois funcionários de uma prefeitura no interior foram presos pela Polícia Civil, nesta terça-feira (16), após serem flagrados utilizando um veículo de uso exclusivo para atividades da agricultura familiar em um espaço de evento particular, no município de Jangada.
Outro servidor efetivo da prefeitura do município também foi conduzido e ouvido na Delegacia de Rosário Oeste, mas foi liberado após depoimento por estar fora de situação de flagrante.
De acordo com o delegado Antenor Pimentel Marcondes, a Polícia Civil foi comunicada pelo Ministério Público sobre uma denúncia de utilização de maquinário e funcionários da Prefeitura de Jangada para realização de limpeza em um espaço de eventos particular.
Uma equipe da Delegacia de Rosário Oeste foi ao local, alvo da denúncia, e flagrou veículos estacionados e pessoas trabalhando no local. Ao chegar ao portão principal da propriedade, os investigadores se depararam com um veículo Fiat Strada, com identificação de um programa do governo estadual. No veículo, estavam duas pessoas que se apresentaram como secretários da prefeitura de Jangada.
Durante entrevista com outras pessoas na propriedade, os policiais civis identificaram um eletricista, que estava prestando serviços no local privado em horário de trabalho, uma vez que é servidor público efetivo da prefeitura de Jangada. Ele declarou estar realizando serviços no local por ordem de um dos secretários da prefeitura.
O servidor e os outros dois funcionários, que estavam no Fiat Strada, foram conduzidos à Delegacia de Rosário Oeste.
Os dois servidores, de 36 e 50 anos, presos em flagrante, negaram a presença no centro de eventos e alegaram desconhecimento dos fatos. Eles foram acompanhados até a delegacia por um advogado, procurador jurídico da prefeitura, que estava fora do horário de expediente.
Os investigadores fizeram imagens, mostrando a presença de um maquinário efetuando serviços no centro de eventos, e coletaram informações que contrariam a versão apresentada pelos dois servidores presos.
“Todo o conjunto de imagens e informações coletadas pelos policiais civis mostram o momento exato em que os secretários deixavam o centro de eventos particular. O local é privado e tanto os fatos quanto os depoimentos demonstram claramente que o evento teria cunho eminentemente político e não institucional”, explicou o delegado Antenor Pimentel.