Foto Felipe Rau/ Estadão
SÃO PAULO – O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou no começo da tarde deste sábado, em um hotel da zona sul da capital, que irá vender 1.300 automóveis da Prefeitura. Doria ainda determinou um corte linear de 15% em todos os contratos do poder público com fornecedores privados e outro de 25% nos gastos de custeio das secretarias para o ano que vem, com exceção de Saúde e Educação.
"Como vão andar os secretários e a equipe? De táxi, de Uber, como todas as pessoas podem fazer", disse. Doria afirmou ainda que, no caso dele, usará seu próprio automóvel para os deslocamentos oficiais. Ele estima que a ação possa gerar uma economia anual de R$ 120 milhões.
O corte nos contratos foi justificado como necessário para enfrentar a situação econômica adversa. Doria afirmou que a redução não pretende resultar em diminuição dos serviços públicos. "Você pode cortar custos sem cortar os serviços. Os empresários também vão buscar melhor eficiência", disse. No raciocínio do prefeito eleito, os fornecedores da cidade vão acatar a ideia uma vez que, assim, terão a certeza de terem os pagamentos realizados.
Parte dos contratos da Prefeitura já havia sofrido cortes. No caso da varrição pública, a redução era de 13%. O prefeito eleito afirmou ainda que o corte incluirá a remuneração para as empresas de ônibus.
Doria organizou neste sábado um seminário de gestão com os secretários e futuros presidentes de empresas públicas de sua gestão e anunciou que espera um corte de até 30% no número de cargos comissionados. Aquele que conseguir atingir essa meta teria um bônus, ainda a ser definido, de aumento no orçamento para investimentos.
Fonte: Estadão