Após abrir em alta, o dólar passou a operar em queda nesta quinta-feira (1), após fechar janeiro com queda acumulada de cerca de 4%, com os investidores ainda atentos à cena política local diante das negociações do governo para obter apoio para a votação da reforma da Previdência, segundo a Reuters.
A partir desta quinta-feira (1º), o G1 passa a usar como referência a cotação do dólar fornecida pelo Valor PRO, serviço de informação financeira do jornal Valor Econômico.
Por volta de 14h15, a moeda norte-americana recuava 0,19%, vendida a R$ 3,174.
Nesta quinta-feira, a pressão vem em boa parte do exterior após a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano). As taxas de juros nos Estados Unidos foram mantidas entre 1,25% e 1,50% ao ano, como era esperado.
No entanto, o banco central americano trouxe um tom um pouco mais duro que o esperado. Foi apontado, no anúncio, que o consumo e o investimento estão sólidos. Além disso, a expectativa é de que a inflação continue subindo nos próximos meses, estabilizando-se em torno da meta, de 2%.
"A leitura do Fed foi dúbia, há quem considere três e quem ache que serão quatro as altas de juros nos EUA este ano. O relatório de emprego amanhã pode ajudar o mercado a se direcionar para algum dos lados", afirmou um operador de câmbio de uma corretora local.
Internamente, os investidores seguem monitorando as negociações do governo em busca de apoio para aprovar a reforma da Previdência ainda neste mês, embora com ceticismo de que conseguirá os 308 votos necessários para passar o texto.
Além disso, nesta sessão estão atentos à comunicação do Banco Central sobre a possibilidade de rolar US$ 3 bilhões que vencerão na sexta-feira em leilão de linha.
"Acho que o BC não tem motivo para rolar tudo porque há fluxo. Se ele rolar tudo, pode pressionar a moeda para baixo", avaliou Faria Júnior.