O dólar anulou a alta inicial e passou a operar em queda em relação ao real, abandonando a tentativa de correção após recuar na véspera em meio à fraqueza da moeda norte-americana ante divisas de países emergentes no exterior.
Às 13h19, o dólar recuava 0,30%, vendida a R$ 3,2073.
Na véspera, o dólar caiu 0,37% e encerrou a R$ 3,2170, acumulando recuo de 2,94% em relação ao real no ano.
Esse nível de preço chegou a atrair compradores e deu alguma sustentação à moeda, mas o movimento de alta não se sustentou.
"Os dados da China fortalecem o apetite por risco", disse à Reuters o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado, avaliando que a correção vista mais cedo seria tímida.
A economia da China cresceu 6,8% no quarto trimestre sobre o ano anterior, acima da expectativa de 6,7%. Em 2017, o crescimento foi de 6,9% sobre 2016, a primeira aceleração anual da economia desde 2010.
Esses números fortes da China ajudavam na valorização das moedas de países emergentes e ligados às commodities, e assim o dólar cedia ante os pesos chilenos, mexicano e o rand sul-africano. Contra uma cesta de moedas ele operava com tímida alta.
Como pano de fundo, o mercado monitorava o noticiário em torno da reforma da Previdência, além do desfecho do julgamento em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana.
"Acho que enquanto ele ainda não estiver fora do jogo eleitoral é mais difícil para os investidores comprarem mais Brasil", avaliou Machado, acrescentando que as incertezas decorrentes desse processo podem levar o dólar a oscilar novamente até os R$ 3,30.
O julgamento de Lula está marcado para o dia 24 de janeiro, enquanto a votação em primeiro turno da reforma a Previdência está prevista para 19 de fevereiro.