A dívida de Mato Grosso estimada para 2019 caiu em mais de 80%. O Estado encerrará o ano com um montante de R$ 300 milhões em aberto, cifra que representa cerca de um quinto do R$ 1,6 bilhão que entrou na previsão orçamentária no início do ano.
O número é do secretário de Fazenda, Rogério Gallo, que aponta o aumento da receita pública e a contenção de gastos, que vigorou de janeiro e novembro, dentro do regime de calamidade financeira, como fatores de melhora acentuada das contas públicas.
“É muito importante enfatizar essa parte da contenção. Nós tivemos só em custeio, envolvendo todas as secretarias, uma economia de R$ 200 milhões ao longo deste ano. É um custeio que ocorreu em 2014,e cinco após nós registramos o mesmo gasto; isso é muito significativo. R$ 200 milhões pode não ser nada, mas é praticamente uma folha de salários do Executivo”.
Gallo aponta como exemplo a revisão de contratos que já estavam em andamento no Estado quando o novo governo assumiu o controle. Em janeiro deste ano, mais de 11 mil prestadores de serviços tinham dinheiro a receber e sem previsão para quitação.
No substitutivo da previsão orçamentária enviada em janeiro pelo governo Mauro Mendes à Assembleia Legislativa, a receita total líquida estimada para 2019 é de R$ 19,2 bilhões, e a previsão de despesas estava em R$ 20,9 bilhões.
Conforme o governo, na época, o déficit decorre principalmente da atualização da estimativa das receitas e despesas, como o aumento previsto de gasto com pessoal, de R$ 790 milhões, e o aumento do custeio da máquina pública em cerca de R$ 235 milhões.
Agora, o secretário Gallo afirmou que “o Estado está em nova fase fiscal”, mas segue com problemas no custeio de áreas. Em novo exemplo, ele citou o déficit da previdência que hoje está na casa de R$ 100 milhões ao mês.