Conforme o Circuito Mato Grosso já noticiou, Edson é acusado de enriquecimento ilícito pela cobrança de dinheiro dos reeducandos, além de porte ilegal de arma de fogo e utilização de arma com registro de furto/roubo.
Segundo o MPE, o acusado retia os salários dos detentos, para a emissão de atestados de remissão de pena e bom comportamento carcerário, bem como para a prática de outros atos que beneficiariam os presos. A remuneração dos presos trabalhadores era paga diretamente pelo proprietário de uma madeireira em que os detentos trabalham, para o diretor da cadeia pública.
Pesa ainda sobre o diretor, a acusação de que ele estaria utilizando a única viatura disponível na Cadeia Pública para realizar viagens pessoais, deixando o estabelecimento prisional desguarnecido de escolta para a condução dos reeducandos do regime fechado para o local onde desenvolviam o trabalho externo.
A magistrada alegou em sua decisão, que a farta documentação apresentada na ação do Ministério Público evidencia de forma clara a prática de diversas irregularidades pelo agente. A decisão foi dada na última sexta (12).
Extorsão
Em junho deste ano, o presidiário Roni Rodrigues da Silva, condenado por homicídio e que fugiu da Cadeia Pública de Aripuanã, declarou ao Circuito Mato Grosso, por telefone, que fugiu por não aguentar mais ser extorquido pelo diretor da unidade prisional e ainda explicou como o agente pratica extorsão.
"Ele pede um valor alto e aí você paga o que pode. Tem que pagar, se não pagar, não sai. Como a gente é doido pra sair a gente paga, a família da gente paga. Ai ele fica o tempo todo me incomodando, extorquindo a família da gente, vira trabalho escravo", relatou o foragido que era beneficiado pelo programa de redução de pena.
À época da fuga, Roni disse que queria cumprir sua pena, mas que fugiu por medo das ameaças do diretor da cadeia.
Sandra Carvalho – Da Editoria / Camila Ribeiro – Da Redação