O ministro da Justiça, Flávio Dino, cotado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira (5) que não é candidato à Corte e que não faz campanha por isso. Dino afirmou estar feliz em sua situação atual – senador licenciado para comandar o ministério da Justiça – e que fazer campanha não funcionaria caso quisesse ser nomeado para o Supremo.
"Eu não trabalho [para ser nomeado], não ofereço, não toco no assunto, não sou candidato e não faço campanha. Em primeiro lugar porque respeito o presidente da República, é prerrogativa dele. Segundo lugar, eu tenho experiência para saber que isso não funciona", declarou.
Ele também afirmou que colocar sob sigilo votos individuais de ministros do STF é um debate possível, mas para o futuro. A hipótese foi mencionada em público nesta terça pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Há um debate posto no mundo sobre a forma dos tribunais supremos deliberarem. E nós temos uma referência na Suprema Corte dos Estados Unidos, que delibera exatamente assim. Ela delibera a partir dos votos individuais e é comunicada a posição da Corte", disse Dino.
O ministro disse que ele e Lula já conversaram sobre o assunto. Flávio Dino também mencionou a possibilidade de haver mandatos para ministros do Supremo.
O ministro da Justiça falou em entrevista a jornalistas na Academia Nacional de Polícia, onde participou da formatura de novos policiais federais. Lula também participou da solenidade, mas não falou.