Cidades

DF reduz bloqueio na Esplanada no 3º dia de votação do impeachment

O governo do Distrito Federal reduziu o perímetro de interdição na área central de Brasília nesta quarta-feira (31) para o último dia de sessão no Senado que decide sobre o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. O bloqueio segue nas vias N1 e S1 do Eixo Monumental, mas no trecho entre a Catedral e o Congresso Nacional – nos dias anteriores, a intervenção começava na Rodoviária do Plano Piloto, 650 metros mais distante. Dilma será definitivamente afastada se receber pelo menos 54 votos contrários entre os 81 senadores.

Durante a sessão, o GDF espera que um público entre 20 mil e 30 mil pessoas compareça à Esplanada. Um "muro" foi instalado na região para separar manifestantes contrários e a favor do afastamento.

As interdições começaram à 0h. Às 6h40, o bloqueio ainda não causava reflexos no trânsito. Na segunda (28), quando as interdições também foram aplicadas, motoristas chegaram a enfrentar fila de até cinco quilômetros de extensão na via S1. Servidores que trabalham na região da Esplanada tiveram de deixar os carros nos anexos para acessar a região. No dia seguinte, houve menos congestionamentos.

“A todo instante nós estaremos monitorando a real possibilidade de manter esse trânsito interditado, visando sempre a garantia da incolumidade das pessoas que estarão nesse local”, afirma o secretário-adjunto de Segurança do DF, Márcio Pereira da Silva para a Rádio Senado.

Nos outros dias, o bloqueio do trânsito começava perto da rodoviária do Plano Piloto. A área interditada foi reduzida para dar mais fluxo ao tráfego de carros.

O governo do DF não instalou telões para o público, a exemplo do que aconteceu nas votações do primeiro semestre. O muro deve ser desmontado em até 48 horas após o fim do julgamento.

Efetivo
O efetivo empregado na segurança da cidade será de 1.332 policiais na terça-feira. No dia posterior ao término do processo, 290 militares ainda farão a segurança da Esplanada dos Ministérios.

Além da Polícia Militar, um efetivo de cem bombeiros e cem agentes de trânsito será  empregados todos os dias. A 5ª Delegacia de Polícia, que cuida da área central, também terá reforço.

"Tenho plena confiança na capacidade investigativa da Policia Civil. Em nenhum momento deixamos de contar com a Polícia Civil, tivemos todos os procedimentos assegurados. Brasília continua segura como sempre foi", disse.

Grupos separados
A disposição dos manifestantes na Esplanada dos Ministérios é a mesma utilizada durante a votação da Câmara dos Deputados, que ocorreu no dia 17 de abril. O grupo a favor do impedimento definitivo de Dilma fica no lado da cúpula do Senado (do lado norte da Esplanada dos Ministérios); o contrário, fica do lado da Câmara dos Deputados (lado sul). A divisão dos manifestantes é feita a partir da rodoviária do Plano Piloto.

De acordo com a secretária de Segurança Pública, Márcia de Alencar, a retomada da utilização do "muro do impeachment" é para garantir a "livre manifestação com a preservação das pessoas e do patrimônio".

Segundo o secretário-adjunto, Márcio Pereira da Silva, está combinado com os movimentos pró e contra o impeachment que ao final do julgamento o grupo “derrotado” deve se retirar da Esplanada.

Os manifestantes que forem até as proximidades do Congresso Nacional estão sujeitos a revistas da Polícia Militar. Estão proibidos paus de selfie, bastões, mastros de bandeiras, máscaras, bolas de gude e qualquer outro material que pode ser usados em ações agressivas.

Muro
A reinstalação das grades de segurança aconteceu no dia 22 de agosto. A estrutura não foi necessária na última fase de votação do relatório da comissão especial, que ocorreu no Plenário do Senado no último dia 9, quando um público muito aquém do esperado pelo governo compareceu às proximidades do Congresso Nacional.

Naquele momento, a pasta estimava que 5 mil pessoas fossem à Esplanada. Apenas um grupo de 50 manifestantes favoráveis ao impeachment protestou ao lado da cúpula do Senado na ocasião. O muro foi utilizado pela primeira vez no dia 17 de abril, quando a votação para o processo do impeachment de Dilma ocorreu na Câmara dos Deputados.

Fonte: G1

Redação

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