Deputados estaduais e federais abriram frente para tentar reverter o corte de 30% do orçamento da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) e do IFMT (Instituto Federal de Mato Grosso).Hoje (13), os federais Rosa Neide (PT), Valtenir Pereira (MDB) e Emanuel Pinheiro Neto (PDT) tiveram um reunião com os reitores Myrian Serra (UFMT) e William de Paula (IFMT) para avaliar mecanismo para suspender redução anunciada pelo MEC (Ministério da Educação). A reunião foi realizada pela parte dos deputados em nome da bancada federal.
"Nós discutimos hoje os reitores a situação do corte e agora vamos levar isso para o ministro Abraham Weintraub (Educação), na quarta-feira (15), para saber o que podemos mudar. Mas, também vamos discutir no grupo da bancada de Mato Grosso, que poderá tomar medidas mais aprimoradas", disse Rosa Neide.
Ela afirma que o corte anunciado pelo MEC já está registrado no sistema de previsão orçamentária das universidades e do institutos federais e aquilo que for apresentado ao ministro já tratará reversão de decisão tomada. Um grupo de 178 deputados federais entregaram ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma lista de abaixo assinado com solicitação de invalidar a decisão do MEC.
Também nesta segunda-feira, a Assembleia Legislativa decidiu que irá ingressar uma ação civilo pública na Justiça Federal para modificar o corte orçamentário. De acordo com o procurador-geral da Casa, Grhegory Paiva Pires Moreira Maia, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) reconhece que as comissões dos parlamentos estaduais têm competência para ingressar com este tipo de ação. “Identificamos a viabilidade de dar entrada à ação civil pública para tentar impedir a suspensão dos recursos. Já na próxima semana a Procuradoria-Geral deverá ingressar com a ação”, explicou.
Nesta semana, o presidente da comissão, deputado Wilson Santos (PSDB) disse que irá chamar a reitora Myrian Serra para uma conversa sobre o impacto do corte nas atividades da universidade. A reitoria informou a professores, estudantes e técnicos durante reunião na semana passada que o campus de Cuiabá tem condições de se manter em pleno funcionamento até julho; os campi do interior podem ter as atividades interrompidas a partir de agosto.
“É um cenário preocupante e precisamos verificar no que podemos auxiliar a instituição a não caminhar para o sucateamento”, disse o deputado Wilson Santos.
A UFMT possui 113 cursos de graduação, 108 presenciais e cinco à distância (EaD), em 33 cidades, e 66 programas de pós-graduação (mestrado e doutorado). No total, são 25.435 mil estudantes geograficamente distribuídos em todas as regiões de Mato Grosso.
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