Política

Deputado Nininho nega esquema e diz ser ‘vítima’

O deputado estadual Ondanir Bortolini (PSD), o "Nininho", negou, na tarde desta segunda-feira (2), que tenha recebido qualquer dinheiro ilegal de Claudemir Pereira, então sócio da Santos Treinamento, responsável por realizar procedimentos no Detran de Mato Grosso. O parlamentar argumentou que o cheque, que recebeu em 2014, era oriundo de um empréstimo feito em uma factoring.

A Santos Treinamento é uma das investigadas na Operação Bereré, que apura esquema de fraudes na autarquia, que culminaram em desvios de R$ 27,7 milhões. O esquema criminoso teria sido operado de 2009 a 2015.

O parlamentar fez a afirmação nesta segunda-feira, antes de ser interrogado no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), responsável pela operação.

Nininho, que não chegou a ser alvo da operação, justificou que R$ 1 mil foi depositado em sua conta por seu assessor Tschales Franciele Tschá, que havia feito um empréstimo na época. 

“Isso foi um empréstimo pego pelo meu chefe de gabinete em uma factoring, que em vez de passar o recurso, passaram cheques de terceiros, que infelizmente faziam parte desse esquema”, argumentou.

Ele ainda afirmou que é comum solicitar dinheiro emprestado a factoring, sem a exigência de comprovação. O parlamentar ainda disse que o dinheiro serviria para auxiliar sua conta, que estava negativada.

Bereré

A Operação Bereré aconteceu em Cuiabá, Sorriso e Brasília (DF), onde fica a sede da EIG. A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em imóveis e escritórios e nasceu no meio da delação premiada do ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes, o Doia, que entregou que ele, políticos, funcionários públicos e empresários fraudavam o Detran em pelo menos R$ 1 milhão mensal desde 2009.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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