“Sinceramente não tenho uma justificativa para essa prisão. Me parece uma tentativa de desmoralizar o João Emanuel. Isso é o desequilíbrio da democracia, um massacre de imagem. O MPE usa dessa tática, que é uma técnica covarde”, disparou Mahon.
O advogado diz acreditar que o pedido de prisão preventiva seria uma forma de o MPE tentar constranger o ex-presidente da Câmara de Cuiabá e ‘forçá-lo’ a renunciar ao cargo de vereador, hipótese que segundo Mahon, não faz parte dos planos do parlamentar.
Ele pontuou que já existem provas consolidadas no processo de investigação contra João Emanuel, de forma que a prisão preventiva do acusado não poderia ter sido decretada.
“Você não prende preventivamente quando existem provas consolidadas no processo. Todas as testemunhas já prestaram declarações, ele também já prestou depoimento. Qual a necessidade da prisão? Ele inclusive renunciou ao cargo, por orientação técnica, justamente para não obstruir o poder investigativo de todos”, defendeu o advogado.

Mahon ainda completou afirmando que o MPE tenta desmoralizar João Emanuel, na tentativa de “insuflar a opinião pública por meio da imprensa, de forma que fica difícil a Comissão da Câmara e o Judiciário tomarem uma decisão isenta. Uma tática infeliz”.
Por fim, o advogado ainda alegou que “é por causa disso, que lamentavelmente, no final das contas as operações do MPE não vingam, porque sempre tem uma tônica subjetiva e não técnica”.
O advogado disse que ainda hoje deve protocolar no Tribunal de Justiça (TJ) um pedido de Habeas Corpus para que João Emanuel responda em liberdade e deverá aguardar uma análise liminar, provavelmente até amanhã.