Após 100 dias do governo Taques a taxa de homicídios, em Cuiabá, manteve a média preocupante de um assassinato por dia. Os dados foram revelados pela SESP (Secretária de Segurança Publica de Mato Grosso), nesta sexta-feira (17), em uma entrevista coletiva. O secretário de segurança pública de Mato Grosso, Mauro Zaque, explicou que no estado houve uma redução significativa de 32% ( 217 mortes), com destaques para as cidades de Várzea Grande (48%), Sinop (38,9%) e Rondonópolis (20%), mas que a capital teve apenas 2% de redução.
Conforme o secretário, em Cuiabá as ações de segurança da secretaria conseguiram barrar a curva ascendente de homicídios. “Se não fossem os esforços conjuntos das polícias e ações da secretaria teríamos um aumento na taxa em 30%”, explicou. Zaque explicou ainda que as medidas tomadas e a nova política pública de segurança, barraram os números assombrosos de mortes em Várzea Grande. “Isso é resultado de várias operações contra o crime, com apoio incondicional de policiais militares, civis, investigadores, delegados e demais membros da Sesp".
Segundo dados da Coordenadoria Geral de Estatística e Análise Criminal da Sesp, os homicídios em VG, caíram de 52 vítimas para 17 neste primeiro trimestre de 2015. Contudo os dados ainda são altos se comparados aos últimos seis anos. Em 2009, foram 15 homicídios culposos; em 2010, foram 23 (aumento de 53%); em 2011, 31 assassinatos; em 2012, aconteceram 34 homicídios; e 2014, foram 52 mortes, na região.
Para o Tenente Coronel Paulo Serbija Ferreira Filho, esse tipo de crime contra a vida é de difícil controle, já que segundo ele, são motivados por questões passionais e relacionadas ao tráfico de drogas. “O perfil desse tipo de criminoso é complexo e imprevisível. Por exemplo, nós fizemos várias operações na região do bairro Pedra noventa e conseguimos uma redução significativa, contudo as mortes que ali aconteciam passou para outras áreas da cidade”, explicou.
De acordo com o tenente, é necessário se pensar na segurança pública como algo integrado com políticas e ações de prevenção ao crime. “A Polícia Militar esteve e está nas ruas fazendo rondas de ostensivas, para que a população veja o efetivo nas ruas e se sintam mais seguros. Mas só ações da PM, são insuficientes para barrar os crimes no estado”, finalizou.
Por conta disso o delegado-geral adjunto, Rogério Modelli, disse que a polícia Civil está engajada para apurar mais rapidamente os inquéritos e caso que chegam de forma vultosa nas delegacias. “O trabalho é difícil, há casos complicados e com vários inquéritos. Mas aconteceu um empenho da equipe, pois era uma preocupação geral dos investigadores. Superamos a meta após mudança de equipes, circularidade e com isso ganhamos celeridade na conclusão dos investigados”, comentou.
Questionados sobre o aumento de roubos e invasões a lojas da capital tanto Zaque, quanto Serbija se reservaram a dizer que novas informações deverão ser repassadas, pela Sesp, na semana que vêm.